Dentre as inúmeras características humanas que nos distinguem das demais formas de vida existente em nosso planeta se destaca a capacidade do homem de questionar a própria origem, propósito e existência. O debate acerca da origem da vida e desenvolvimento das espécies não é novo, mas até hoje levanta questões que para alguns, desafiam a existência ou necessidade de um criador e/ou o entendimento tradicional Cristão a respeito do mecanismo utilizado por Deus para criar a vida e ultimamente, o homem.
No meio científico, a Teoria da Evolução proposta pelo geólogo Charles Darwin, ganhou popularidade no ano de 1859, com a publicação do livro "A Origem das Espécies," que viria a revolucionar o entendimento humano a respeito do desenvolvimento da vida em nosso planeta. Tal revolução entretanto, viria com um preço; um distanciamento ainda maior entre ciência e religião e o início de uma nova vertente do debate acerca da origem do homem, que abriria um disputa contínua que persiste até os dias atuais: a Guerra de palavras entre Evolucionismo e Criacionismo.
Com o objetivo de esclarecer pontos mal compreendidos e oferecer uma perspectiva a respeito do assunto e sua aplicação no Evangelho Restaurado, o Intérprete Nefita separou 18 pontos essenciais que podem ser aceitos ou rejeitados, mas não ignorados.
1. O que é, e como funciona a Teoria da Evolução?
A Teoria da Evolução é o conceito científico que afirma que mudanças nas características de qualquer forma de vida ocorrem em pequena e grande escala com o passar das gerações. O princípio pode parecer confuso à primeira vista, mas na prática é mais simples do que parece. Todas as formas de vida que existem ou já existiram no planeta, distinguem-se em muitos aspectos, mas compartilham uma característica inata em comum; a capacidade de se reproduzir.
Tal ciclo de reprodução na maioria das espécies consiste na união da informação genética de dois indivíduos para a criação de uma nova geração, que compartilhará algumas das características de seus antecessores, mas também receberão características únicas. As características da nova geração são produzidas devido à erros aleatórios na formação do DNA (mutação genética) e o fato de que cada indivíduo, nesse caso "pai e mãe," passarão à sua posteridade apenas metade de seu DNA, processo este que explica por que você possui algumas características de seus pais, mas outras não.
O entendimento de tal mecanismo é o fundamento básico da Teoria da Evolução, que permite à ciência identificar padrões e diferenças entre as espécies e remontar a história da vida em nosso planeta, que ironicamente, também é chamado de "árvore da vida" no meio científico. Tal "árvore" consiste na representação do desenvolvimento da vida na terra, onde todas as espécies e indivíduos, incluindo eu e você, compartilham em pequena ou grande escala, um ancestral em comum.
2. Existem evidências que apoiam a Teoria da Evolução?
De fato, existem milhares de evidências que sustentam a Teoria da Evolução, mas o mais interessante é que tais evidências podem ser identificadas separadamente em diferentes esferas do conhecimento científico. Naturalmente não é possível listá-las todas em um artigo, mas a título de consideração, analisemos algumas de tais evidências:
Registro Fóssil: Em uma definição simplificada, fósseis são o registro da história da vida em nosso planeta, compreendida através de restos mortais de espécies do passado. No decorrer de milhões de anos, atividades vulcânicas renovaram a superfície de nosso planeta, criando diferentes camadas que nos permitem identificar que tipo de formas de vida viveram em cada período. O entendimento da Química, permite a cientistas determinar com elevado grau de precisão a idade de cada camada, e consequentemente, a idade dos seres que viveram, morreram e foram soterrados em cada época. O registro fóssil indica com precisão as características das espécies que viveram em cada período e permite à ciência identificar a evolução que sofreram com o passar das eras. Em outras palavras, não encontramos fósseis de animais atuais (e de humanos) nas camadas mais antigas, mas dos ancestrais que com o passar do tempo, deram origem às espécies atuais.
Anatomia: A comparação da anatomia de espécies similares provê diversas indicações que apoiam a Teoria da Evolução. Se o evolucionismo é um fato, poderíamos prever encontrar similaridades entre espécies que se separaram geneticamente com o passar do tempo, mas que ainda portam algumas características que seus ancestrais portavam. Tal predição de fato é uma realidade e exemplos podem ser encontrados em uma infinidade de espécies, como baleias e golfinhos, asnos e cavalos, cães e lobos, gatos e tigres, golfinhos e hipopótamos (acredite se quiser) e finalmente, humanos e chimpanzés.
DNA: DNA é uma molécula que contém códigos químicos e milhares de genes que na prática agem como "instruções" ou uma espécie de "livro de receitas" do mecanismo de criação e atribuição de características em organismos vivos. Tal estrutura química é responsável pela hereditariedade de características de todas as escalas entre seres vivos, desde a cor dos olhos ou cabelo, até mudanças físicas graduais que em longos períodos de tempo tornariam a última espécie completamente diferente da que a originou. Embora diferentes espécies apresentem diferentes características, é um fato comprovado que a composição de DNA de todas as espécies na terra é praticamente idêntica e de fato muitas compartilham os mesmos genes, cenário exato predito pela Teoria da Evolução.
Embriologia: O estudo de embriologia permite à ciência identificar grande similaridade entre embriões de espécies da mesma classe, mesmo em espécies que apresentam na forma adulta grandes diferenças em suas características físicas.
Observação: O conhecimento do mecanismo e funcionamento das alterações genéticas de uma espécie no decorrer do tempo permite a observação direta do que é chamado "microevolução," onde alterações genéticas causam pequenas mudanças entre gerações de uma espécie, processo este que em longos períodos conduz espécies para a "macroevolução," onde inúmeras pequenas mudanças juntas formam espécies totalmente diferentes. Um exemplo observável desse processo pode ser exemplificado por bactérias que com o passar do tempo se tornam resistentes à vacinas, por desenvolverem genes resistentes aos medicamentos.
3. Seria o Evolucionismo "apenas uma teoria"?
Um dos equívocos de definição mais comuns entre alguns em relação à Teoria da Evolução está na tentativa de diminuí-la a "apenas uma teoria." Embora em nosso cotidiano utilizemos a palavra "teoria" para descrever um palpite vago que possui a mesma chance de estar certo ou errado, no meio científico, a palavra "teoria" jamais é utilizada no mesmo contexto. Na ciência, "teoria" constitui uma afirmação amplamente e repetidamente testada e comprovada, onde todas ou a imensa maioria das evidências apontam para a mesma direção. No contexto científico por exemplo, até mesmo a realidade da gravidade é frequentemente chamada de "teoria da gravidade."
4. "Se viemos do macaco, por que existem macacos?"
Outra premissa equivocada frequentemente utilizada por pessoas que rejeitam ou não compreendem a Teoria da Evolução está em questões como, "se viemos do macaco, por que existem macacos?" A resposta a esta questão se encontra no simples fato de que a Teoria da Evolução não afirma que seres humanos vieram dos macacos ou chimpanzés, mas que tais espécies possuem o mesmo ancestral ou tatatatatata(...)ravôs em comum.
5. "Como pode a Teoria da Evolução ser científica se não pode ser observada?"
Como explicado anteriormente, a microevolução, onde pequenas mudanças genéticas acontecem no decorrer de anos de fato é amplamente observável. A macroevolução entretanto, com mudanças drásticas entre espécies, acontece no decorrer de centenas de milhares ou milhões de anos, e apenas não podemos observá-las na prática porque não vivemos tempo o suficiente. Isso explica porque não vemos mudanças significativas entre espécies no decorrer de nossas vidas ou poucas gerações.
6. Qual é a posição oficial da Igreja a respeito da Teoria da Evolução?
O debate acerca da Teoria da Evolução tem sido foco de muita atenção e principalmente, diferença de opinião entre líderes e membros da Igreja por mais de um século, e por mais relevante que o assunto possa ser, a posição oficial da Igreja é que não há uma posição oficial. O Presidente Gordon B. Hinckley atestou esse fato ao declarar:
"O que a Igreja requer é unicamente a crença de que Adão foi o primeiro homem do que nós chamamos raça humana. Cientistas podem especular sobre o resto."[1]
7. Se a Teoria da Evolução é verdadeira, por que a Igreja não a ensina?
Membros da Igreja frequentemente supõem que se a Teoria da Evolução fosse verdadeira, então a Igreja a aprovaria e a ensinaria abertamente. Tal perspectiva simplesmente não é consistente com o propósito primário da Igreja como instituição, que consiste em "proclamar o Evangelho, aperfeiçoar os santos e redimir os mortos."[2] Em outras palavras, o objetivo primário da Igreja não é atestar ou invalidar o conhecimento de outras esferas de conhecimento, mas administrar os assuntos espirituais de Deus na Terra.
O Evangelho no sentido absoluto da palavra é o conjunto de todas as verdades contidas em todas as esferas de conhecimento, e a Igreja como instituição age como uma espécie de "departamento" do Reino de Deus e é um meio que existe para um fim, ou ferramenta para acessar e administrar as ordenanças do Evangelho, e não o próprio Evangelho de maneira literal.
8. Qual foi o posicionamento de líderes da Igreja sobre o assunto?
De fato diferentes e proeminentes líderes da Igreja já se posicionaram a respeito do assunto e geraram discussões acirradas com pontos de vista neutros, contrários e à favor da Teoria da Evolução. Listamos abaixo uma pequena fração dessas declarações.
Declarações de líderes que se opuseram:
Apóstolo Bruce R. McConkie:
"Não há harmonia entre as verdades reveladas da religião e teorias de evolução orgânica."[3]
Presidente Joseph Fielding Smith:
"A ideia de que tudo começou com um microorganismo... do mar, e desenvolveu-se gradualmente até que todas as formas de vida... da terra se originaram dessa única fonte, é absolutamente falsidade. Não há verdade nisso"[4]
"(...) tal doutrina é tão incompatível... das revelações do Senhor, que é simplesmente impossível crer em ambas."(referindo-se à pessoas que professam crer em Adão e na Teoria da Evolução)[5]
"Afirmo com toda ênfase, não podeis crer nessa teoria da origem do homem e ao mesmo tempo aceitar o plano de salvação(...)"[5]
Presidente Joseph Fielding Smith se opôs ainda a ponto de declarar que "a Teoria da Evolução nega a Cristo", que "se a volução é verdadeira, a Igreja é falsa" ou que "evolucionistas rejeitam a paternidade de Deus."[6]
Em 1909, a Primeira Presidência da Igreja após ser frequentemente inquirida a respeito do assunto, publicou um comunicado que à primeira vista indicava uma conotação contrária à Teoria da Evolução:
"É sustentado por alguns que Adão não foi o primeiro homem sobre esta terra, e que o ser humano original foi um desenvolvimento a partir de ordens inferiores da criação animal. Estas, entretanto, são as teorias dos homens. A palavra do Senhor declara que Adão foi “o primeiro homem de todos os homens”(...) Não há nada, entretanto, indicando que o homem original, o primeiro de nossa raça, começou a vida como alguma coisa inferior ao homem, ou menor do que a célula humana ou embrião que se tornou um homem."[7]
Declarações SUD a favor da Teoria da Evolução
Apóstolo e Cientista John Widtsoe
"A anatomia comparada e testes sanguíneos indicam semelhanças próximas entre o homem e muitos animais inferiores... Se toda a criação existente for corretamente classificada, será possível proceder de homem, no topo, às formas mais inferiores de vida, através de pequenas mudanças. Ninguém, muito menos a Igreja, se opõe a estes fatos, caso devidamente verificados. Eles são todos aceitos, aceitáveis e bem vindos. O trabalho de reunir mais conhecimento no ramo da biologia é apoiado pela Igreja."[8]
"Na Terra, os elementos tendem a combinarem em formas mais elaboradas. os registros geológicos apontam para um avanço constante entre as formas de vida... Isto é, a criação como um todo moveu-se e tem se movido à diante, tornando-se mais complexa, evoluindo e progredindo."[8]
Frederick J. Pack
"As únicas coisas que não evoluem são aquelas que são imutáveis, e as únicas coisas imutáveis são aquelas que não são afetadas pelas influências a que são submetidas. Considerando que nada na natureza é verdadeiramente resistente às influências de seu ambiente, aparentemente isso indica que(...) tudo no mundo é resultado de desenvolvimento evolucionista."[9]
"O termo evolução pode ser utilizado com igual propriedade em conexão com o desenvolvimento de uma cadeia de montanhas ou ser humano(...)"[9]
Apóstolo e Geólogo James E. Talmage
"Estas espécies primitivas eram aquáticas; espécies terrestres eram de desenvolvimento posterior. Algumas dessas formas de vida tem existido até os dias atuais, apesar de grandes variações, como resultado da mudança de ambiente(...) No tempo devido veio a obra-prima desta sequência criativa, o advento do homem!"
Declarações neutras
Poucos meses após a declaração da Primeira Presidência em 1909, a Igreja ao identificar a repercussão do comunicado declarou:
"Quanto se os corpos mortais do homem evoluíram em processos naturais até a presente perfeição, através da direção e poder de Deus, se os primeiros pais de nossas gerações, Adão e Eva, foram transportados de uma outra esfera, com tabernáculos imortais, que se tornaram corruptos através do pecado de participarem de alimentos naturais, ao longo do tempo, ou se nasceram aqui na mortalidade, como outros mortais têm nascido, são questões não completamente respondidas na palavra de Deus revelada."[10]
Apóstolo Stephen L. Richards
"Se a hipótese evolucionista da criação da vida e matéria no universo for ultimamente demonstrada correta, eu não ficarei desapontado(...) Em minha humilde opinião, o registro bíblico é suficientemente abrangente de modo a incluir o processo."[11]
Presidente David O. McKay
"Sobre o assunto de evolução orgânica a Igreja não tomou nenhuma posição oficial. O livro "Man, His Origin and Destiny" (escrito por Joseph Fielding Smith) não foi publicado ou aprovado pela Igreja."[12]
Presidedente Gordon B. Hinckley
"O que a Igreja requer é unicamente a crença de que Adão foi o primeiro homem do que nós chamamos raça humana. Cientistas podem especular sobre o resto."[1]
9. Como associar a opinião diferente de tais líderes da Igreja?
Devido a natureza oposta das declarações, não é possível harmonizá-las. Ao invés disso, é preciso compreender que tais posicionamentos eram opiniões, e não foram compartilhadas sob a luz da revelação divina, mas como considerações pessoais baseadas no entendimento que possuíam e informações científicas disponíveis, que na época, eram significativamente limitadas.
10. Se líderes da Igreja são inspirados, por que teriam opinião diferente sobre o assunto?
Embora não raramente membros suponham que Autoridades Gerais recebem revelação direta sobre toda e qualquer pergunta de qualquer natureza, tal conceito é um equívoco e não é ensinado pela Igreja. Joseph Smith ensinou que "um profeta apenas é um profeta quando está agindo como tal,"[13] indicando que "declarações proféticas" não são exatamente o mesmo que "declarações do profeta."
Líderes da Igreja não são infalíveis e em algumas ocasiões compartilharam de maneira veemente sobre alguns assuntos, opiniões pessoais que o tempo demonstrou estarem erradas. A Igreja explicou esse princípio em seu site oficial MormonNewsRoom:
"Nem toda declaração feita por um líder da Igreja, presente ou passado, necessariamente constitui doutrina. Uma declaração específica feita por um líder específico em uma ocasião específica frequentemente representa uma opinião pessoal, embora bem considerada, mas não é feita com o objetivo de ser oficial para toda a Igreja. Com divina inspiração, a Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos se aconselham para estabelecer doutrina(...)"[14]
11. Como associar a Teoria da Evolução com a afirmação das escrituras de que a vida na terra se reproduziria "segundo sua espécie"?
Tal afirmação encontrada no primeiro capítulo de Gênesis é amplamente utilizada como apoio por aqueles que acreditam que a Teoria da Evolução não é aprovada pelas escrituras. Uma análise cuidadosa do versículo e do que a Teoria da Evolução realmente ensina, entretanto, demonstra que ambos estão em total harmonia.
Como mencionado anteriormente, o processo que gera a alteração drástica de características de uma espécie para outra acontece no decorrer de milhões de anos, sendo a macroevolução (de uma espécie para outra) o resultado acumulado de uma infinidade de microevoluções (pequenas alterações). Isso explica o porquê de não vermos por exemplo um casal de lobos gerarem um puddle ou pitbull, apesar de todas as raças de cães serem comprovadamente descendentes de lobos. Considerando que a mudança entre espécies é um processo que envolve longos períodos de tempo, naturalmente Gênesis está correto ao afirmar que animais se multiplicarão "segundo suas espécies."
12. Como associar a Teoria da Evolução com a afirmação das escrituras de que o homem foi criado à imagem de Deus?
Gênesis 1:26,27 afirma claramente que o "homem e mulher" foram criados à "imagem de Deus". A doutrina da Igreja entretanto, ensina que todas as coisas foram criadas espiritualmente antes de existirem fisicamente, o que indica que tais versículos se referem a criação espiritual dos filhos de Deus.[15] Isso explicaria porque apenas em Gênesis 2 o Senhor relata a criação física do homem. Dessa forma, é possível que ao afirmar que o homem foi criado "segundo a imagem de Deus," as escrituras se refiram ao homem no estado pré-mortal e não nas formas inferiores de vida que de acordo com a Teoria da Evolução, antecederam a raça humana como conhecida atualmente.
13. Como pode a Teoria da Evolução ser verdadeira se líderes da Igreja ensinaram que não havia morte antes da Queda?
Mais uma vez, líderes da Igreja de diferentes épocas compartilharam perspectivas opostas sobre a possibilidade da existência da morte física antes da Queda, o que indica que a Igreja não possui uma posição oficial sobre o assunto. O mais famoso destes debates aconteceu entre o Elder B. H. Roberts e Joseph Fielding Smith, que defendiam ideias opostas sobre a possibilidade de haver morte antes da Queda e da existência de civilizações pré-Adamitas.
Posteriormente, a disputa foi encerrada pela Igreja, que declarou que tais conceitos não eram doutrina oficial.[16] Elder James E. Talmage então comentou a declaração feita pela Igreja e explicou que tal afirmação procedia em ambas as direções. Em outras palavras, é correto afirmar que o conceito de morte antes da Queda e civilizações pré-Adamitas não são doutrinas oficiais da Igreja. Por outro lado, é igualmente verdade que o conceito de imortalidade no mundo antes da Queda e a inexistência de pré-Adamitas da mesma forma não constituem doutrinas oficiais.[17]
O meio científico entretanto, possui evidências incontáveis de que morte em todas as espécies tem acontecido ininterruptamente na terra por milhões de anos.
14. De que maneira poderia a Teoria da Evolução se harmonizar com o relato da criação e do Jardim do Éden?
Essa é sem dúvida a questão mais complexa e problemática do debate acerca da aplicação da Teoria da Evolução no contexto escriturístico, visto que se analisado literalmente, o relato do Jardim do Éden encontra diversos obstáculos e evidências científicas que criam um abismo entre os dois conceitos. Como adepto da Teoria da Evolução e discípulo de Cristo, tal questão tem sido por muito tempo a razão de minhas noites mal dormidas, constante reflexão e pesquisa incansável. Após constantes e cuidadosas considerações a respeito do assunto, minha conclusão pessoal, repito, CONCLUSÃO PESSOAL é de que o relato do Jardim do Éden é inteiramente simbólico, mas repleto de elementos literais que descrevem a natureza do plano de salvação.
É de fato minha opinião, que a história descrita em Gênesis é uma narrativa simbólica de eventos reais, escrita de maneira literária e poética de maneira a descrever a doutrina da Pré-mortalidade do homem, livre arbítrio e nossa decisão de participar do plano de Deus. Como poderia eu chegar a tal conclusão?
Analisemos algumas similaridades e correlações claras entre o relato do Éden, esfera pré-mortal e Conselho dos Céus:
a. Não havia morte antes da Queda VS Não havia morte na vida pré-mortal.
b. Satanás estava presente no Jardim do Éden como oposição VS Satanás estava presente no conselho dos céus como oposição.
c. Satanás foi expulso do Jardim do Éden VS Satanás foi expulso dos céus.
d. Não era possível se reproduzir no Jardim do Éden VS Não era possível se reproduzir na vida pré-mortal.
e. Adão e Eva não podiam progredir se não saíssem do Jardim do Éden VS Adão e Eva (e todos nós) não poderíamos progredir se não saíssemos da esfera pré-mortal.
f. Satanás fez uma proposta a Eva e a enganou VS Satanás fez uma proposta no Conselho dos Céus e enganou a muitos.
g. Após a Queda, Adão e Eva cobriram seus corpos VS Após deixarmos a vida pré-mortal, ganhamos um corpo físico que cobre nosso corpo espiritual.
h. A Queda no Jardim do Éden fez necessária uma redenção por parte de Cristo VS A Queda da esfera pré-mortal fez necessária uma redenção por parte de Cristo
i. O Jardim do Éden era um local paradisíaco vs A esfera pré-mortal era um lugar paradisíaco
j. Ao sair do Jardim do Éden, Adão e Eva entraram em um mundo decaído VS Ao sairmos da vida pré-mortal, entramos em um mundo decaído
Essas são apenas algumas de uma infinidade de correlações que é possível encontrar ao se comparar os elementos principais presentes no relato do Éden com o entendimento da vida pré-mortal. Manter uma interpretação mais flexível da descrição de Gênesis, mantém intocável todos os pilares básicos do Evangelho ao passo que não entra em choque com a verdade revelada pela ciência. Tal ponto de vista naturalmente não é uma doutrina oficial da Igreja, mas em minha sincera opinião, é a explicação mais razoável que pessoalmente já encontrei.
15. Daria a Bíblia espaço para a crença na Teoria da Evolução?
Embora frequentemente alguns indivíduos, dentro e fora da Igreja utilizem alguns versículos bíblicos como demonstrado anteriormente para descreditar a Teoria da Evolução, uma análise cuidadosa a alguns pontos revela informações no mínimo curiosas.
a. Gênesis 1:12 indica que a primeira criação de vida a florescer foi a vegetal, fato evidenciado por diversos estudos científicos, que afirmam que a vida vegetal preparou o caminho para o desenvolvimento da vida terrestre.[18]
b. Gênesis 1:20 indica que as "águas abundantes" do oceano produziram os primeiros animais, em seguida répteis e por fim aves. Tal sequência de eventos é a mesma indicada no desenvolvimento da vida pela Teoria da Evolução.
c. Gênesis 1:11, 24 demonstra que Deus ordenou à terra, a produção de almas viventes. A que lei estaria o Senhor se referindo no processo de criação, cujo mecanismo era causado pelo planeta terra?
d. Abraão 4:11 afirma que "os deuses prepararam a terra" para a produção de vida. Uma descrição que pode ser uma menção direta das leis instituídas pelo Senhor para permitir a evolução da vida de maneira natural.
16. De que maneira poderia a Teoria da Evolução se harmonizar com nosso entendimento do Plano de Salvação?
O princípio que ao meu ver fortalece ainda mais a realidade Teoria da Evolução é o simples fato de que o próprio plano de salvação é inteiramente e completamente baseado em progresso e evolução. Não evoluímos nós gradualmente de formas inferiores de vida (inteligências) para formas mais complexas (vida humana)? Não somos nós neste momento formas inferiores de vida em relação ao que desejamos alcançar na eternidade? Não ensina o plano de salvação que nosso propósito é progredir e evoluir até formas mais complexas de vida, sendo semelhantes a nosso Pai Celestial?
Dessa maneira, é possível identificar o princípio da evolução em todas as esferas do universo e plano de salvação, do simples para o complexo, da desorganização para a organização, sendo a evolução orgânica apenas uma das muitas formas em que ela se manifesta. Frederick J. Pack, um proeminente líder e cientista da Igreja sobre isso declarou:
"A essência da evolução é a essência de contínua mudança. Não importa onde exista contínuo processo de mutação a evolução faz-se presente, e aonde quer que mutabilidade não existe, desenvolvimento igualmente não pode existir... Evolução é um princípio de existência mundial; é definitivamente maior do que qualquer aplicação propriamente dita... o princípio é aplicado tanto no mundo inorgânico como no orgânico."[19]
17. Por que o debate entre Criacionismo e Evolucionismo não faz sentido algum?
A utilização das palavras "criacionismo" e "evolucionismo" como termos opostos de fato não possui fundamento quando se compreende que a Evolução pode ser considerada um sistema de criação utilizado por Deus para a formação da vida. Nesse caso, a definição mais correta para o debate seria "criacionismo tradicional," onde o relato de Gênesis é visto na maior parte como representação literal de fatos históricos, apesar da ausência de evidências a favor e infinidade de evidências contra.
A Teoria da Evolução de nenhuma forma diminui ou elimina a necessidade de um Criador—de fato o próprio Charles Darwin acreditava em Deus—mas torna ainda mais evidente a beleza e complexidade da criação. Acreditar que o papel de Deus é diminuído pelo simples fato Dele utilizar leis naturais no processo de criação faz tanto sentido quanto afirmar que uma mãe ou um pai tem seus papeis de progenitores diminuídos pelo fato de um bebê nascer e se desenvolver através de mecanismos naturais conhecidos pelo homem. Se o processo evolutivo é uma lei e mecanismo criado e utilizado por Deus para o desenvolvimento da vida, por que combatê-lo? Se a ciência é uma fonte de conhecimento que emana de Deus e sua aplicação no mundo está presente em praticamente tudo ao nosso redor, porque rejeitá-la ou demonizá-la?
18. Por que não é papel da religião se envolver ou interpretar os dados científicos?
Como mencionado anteriormente, tanto a religião como a ciência possuem um importante papel na busca e aquisição de conhecimentos importantes para nosso progresso espiritual e intelectual. O objetivo da Igreja e religião não é interpretar dados científicos, mas ensinar o homem sobre o universo espiritual, princípios morais e como achegar-se a Deus. A ciência, por sua vez, é a melhor ferramenta para a compreensão do universo físico e seus mecanismos. A ciência explica os "comos" e "por quais meios," enquanto a religião os "porquês" e os "propósitos." A religião é capaz de entender porque amamos; a ciência, por sua vez, é capaz de entender os processos químicos que são responsáveis por tal sentimento.
Ambas provém de Deus e ambas oferecem uma abordagem única e insubstituível de duas esferas distintas de conhecimento. Sem dúvida elas podem coexistir, mas equívocos de interpretação são frequentes quando uma resolve tirar conclusões sobre os dados da outra. Entender isso oferece um contexto maior do porquê o relato do Gênesis não foi escrito em termos científicos, mas literário, adaptado ao nível de compreensão dos povos que o receberam na época, que em sua maioria, eram extremamente ignorantes e obstinados.
Conclusão
Após uma análise aos dados apresentados e uma reflexão sobre as informações recebidas com uma mente aberta, meu sincero desejo não é provar a Teoria da Evolução verdadeira e tampouco atacar aqueles que sustentam uma perspectiva literalista dos fatos. Ao invés disso, desejo demonstrar para todo e qualquer leitor que há espaço para uma crença racional dentro do Evangelho Restaurado, que o avanço científico não diminui, mas exalta o plano do Criador e acima de tudo, que toda verdade deve ser abraçada, não importa de onde venha ou para onde vá, pois toda verdade conduz a um melhor conhecimento de Deus e de Seu maravilhoso plano.
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Fontes:
[1] Gordon B. Hinckley in 2002; cited in Elaine Jarvik, "Beliefs on Darwin's evolution vary from religion to religion," Deseret Morning News (19 January 2006)
[2] Prepare for the Blessings of the Temple; Elder Russell M. Nelson; Ensign (October 2010)
[3] Bruce R. McConkie, Mormon Doctrine, 2nd edition, (Salt Lake City: Bookcraft, 1966): 247-256
[4] Doutrinas de Salvação, Vol I pag. 152; Joseph Fielding Smith
[5] Doutrinas de Salvação, Vol I pag. 154; Joseph Fielding Smith
[6] Doutrinas de Salvação, Vol I pag. 156; Joseph Fielding Smith
[7] The Origin of Man; Primeira Presidência, (November 1909)
[8] Science and Your Faith in God; John Widtsoe, 1958
[9] Science and Your Faith in God, pag. 180; Frederick J. Pack, 1958
[10] Improvement Era, April 1910, 570
[11] Stephen L Richards, "An Open Letter to College Students" Improvement Era 36:451-453 (June 1933):484-485
[12] Carta do Presidente David O. McKay ao Professor William Lee Stokes; (15 de Fevereiro de 1957)
[13] Joseph Smith, History of The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 7 volumes, edited by Brigham H. Roberts, (Salt Lake City: Deseret Book, 1957), 5:265.
[14] Approaching Mormon Doctrine; 4 de Maio de 2007; Mormonnewsroom.com
[15] Moisés 3
[16] First Presidency, Memorandum to General Authorities, April 1931, 6–7.
[17] James Edward Talmage, Personal Journal (7 April 1931) 29:42, Archives and Manuscripts, Harold B. Lee Library, Brigham Young University, Provo, Utah
[18] First Land Plants and Fungi Changed Earth's Climate, Paving the Way for Explosive Evolution of Land Animals, New Gene Study Suggests; PennState College of Science; 2001
[19] Science and Your Faith in God, pag. 180; Frederic J. Pack, 1958
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Adriana Murari em 18/05/2018
Olá Luiz, Gostei muito do seu texto, pois desde quando comecei a estudar Biologia na faculdade busco evidências daquilo que estava aprendendo no Evangelho. E sabe, eu encontrei muitas! Muitas vezes durante aulas eu me lembrava de coisas que aprendi no Templo e também o contrário, no Templo consegui relacionar com coisas que aprendi na faculdade. Vale lembrar que Darwin, que era na verdade um naturalista, o que abrange muitas áreas além da Geologia, só desenvolveu a Teoria da Evolução depois que os céus foram abertos novamente. Há muitos erros em relação a Teoria da Evolução que são transmitidos até nas escolas. Muito do que se ensina, como aquela imagem do homem virando macaco, ou aquela clássica imagem da girafa com o pescoço crescendo pra alcançar as folhas das árvores mais altas, é na verdade a Teoria de Lineu, que é refutada hoje por cientistas. A Teoria da Evolução é sobre seleção natural, em que os indivíduos mais adaptados ao ambiente que estão são os que sobrevivem e geram descendentes, o que não tem nada de absurdo. Na minha humilde opinião, não haveria disputas entre Religião e Ciência se cientistas soubessem o Evangelho tão bem quanto sabem Ciências, e da mesma forma que quem estuda o Evangelho também estudasse Ciência.
Eduardo Gomes em 21/07/2017
Simplesmente fantástico! Apensar de ser uma humilde opinião, me esclareceu com palavras aquilo que minha mente já imaginava. Não sabia explicar com palavras, mas a direção de meus pensamentos eram exatamente assim. Obrigado
Rose Cler em 06/04/2016
Gostei muito do texto, muito interessante mostrar lado espiritual e o lado científico. Texto bem técnico com muitas informações produtivas, entender a nossa genealogia, de como era a vida pré mortal, de como (talvez) pôde ter existido uma morte antes da primeira queda, a de Adão, é tudo muito interessante. Nos inspira a querer sempre, buscar estudar mais a doutrina mórmon, que é maravilhosa.
anderson de assis em 27/02/2016
Olá, assim como você, essas questões tem me acompanhado já faz um longo tempo, também entendo quando diz que chegou a uma conclusão pessoal que o tem ajudado a conviver com isso, também foi a unica maneira que encontrei para não enlouquecer. kkkkkkkkkkkkkkkkkk alguns dizem que essas coisas não são importantes e que devemos nos preocupar com as coisas espirituais, mas nunca consegui separar as duas. quando aprendi que os dias citados na criação seriam eras, de tempo indeterminado, pensei : agora faz todo sentido, a terra foi sendo criada, assim como a ciência comprova, passando por diversas transformações, isso explicava os fossil, dinossauros, e evoluão, pelo menos até deus achar que a terra estava pronta e colocar o homem na terra, mas ai aprendo que não havia morte antes da queda, e volto a estaca zero. já ouvi algumas teorias de que os fosseis de animais e dinossauros estavam presentes nas rochas espalhadas pelo espaço quando deus as uniu e criou a terra, vindas de outro planeta que explodiu ou sei lá, isso para mim nunca fez sentido, porque Deus deixaria esses vestigios? apenas para confundir ainda mais as pessoas aqui na terra? como se já não houvesse discórdia o bastante. recentemente fiquei pensando sobre o petróleo, que é formado (resumindo) pela decomposição de animais e plantas por milhares de anos, se não havia morte, como é possivel que o petróleo tenha se formado, ou o Senhor o teria colocado na terra já na sua forma atual, apenas para confundir ainda mais ? bom, resumindo, achei sua teoria válida, assim como nos outros comentários, é possível refuta-la, mas não acredito que a resposta esta no extremismo, aceitar uma coisa não nega a outra, sempre acreditei que a ciência é apenas mais uma face de deus, as leis da física usadas aqui na terra servem para fazer cálculos em todo o universo, acredito que as ciências comprovam ainda mais a existência de deus, ao contrário do que muitos tendem a dizer,que a ciência é do diabo e costuma separar ciência e religião.
Anonimo em 23/02/2016
Bom Para min fika claro quando as escrituras dizem que a Morte entrou no mundo a Partir de Adão,Ou seja antes de Nosso Pai Adão N existia morte no mundo \\\"Tudo o que fora criado deveria permanecer no mesmo estado\\\" Adão N possuia sangue ou seja era incapaz de morrer.N soh ele mas tudo o Que fora criado.Alem do mais o Profeta J.F.S Em Doutrinas de Salvação diz que todos esses misterios como dinossauros ETC nos seriao ensinados no Milenio.
Marco Aurélio em 24/01/2016
O que eu me questiono referente a teoria da evolução é o seguinte, se eu tenho um numero de objetos que desempenham cada um uma função especifica, e este numero é bastante grande, ex: carro, moto, secador de cabelo, ventilador e etc, desde que este numero seja grande o suficiente será sempre possível criar uma arvore de complexidade igual a de Darwin, dando um exemplo, se eu fosse criar uma arvore de todos os objetos feitos pelo homem que cumprem uma função especifica por similaridade crescente eu teria certamente uma linha que ligaria uma colher a um foquete que vai para lua, e entre os meios deste o cortador de grama, o carro de cortar grama, então um carro e assim por diante, com multiplas peças com similaridade. Feito que os objetos catalogados por aproximação e que cumprem atividades especificas foram confeccionados com materiais possiveis e pela mesma inteligência, um avião, um carro e um barco embora tenham designers completamente diferentes quando desmontados são na verdade 99% iguais, pois eles todos tem motores, rádio, volante, banco e etc. O que me garante que a arvore de Darwin não é nada mais que isto, um agrupamento de espécies que cumprem finalidades especificas que obviamente sempre serão possíveis de serem catalogadas por aproximação? Levando isto em consideração você vai poder desmontar desde um corpo completo até todo processo que envolve o DNA e vai obviamente encontrar sempre similaridade, encontrará orgãos cumprindo funções especificas com mais ou menos complexidade dependendo do meio em que estão adaptados. Desta forma se o mundo teve criação em fases diferentes da sua história mesmo que seja por interseção divina direta, você nunca vai poder saber, porque esta ideia de aproximar o que se parece acaba sendo um balaio onde tudo cabe, tudo mesmo. Também quanto mais em penso sobre isto vejo momentos da vida com meus filhos, com o desenho deles, com a perfeição que cada item do corpo funciona, o perfeito equilibrio, entre tantas outras coisas que não me permitem acreditar que possa ter sido desta forma. Como disse no balaio da arvore por similaridade cabe tudo, tudo mesmo.
Fernando Dantas em 03/01/2016
Achei interessante o artigo embora eu discorde dele em alguns aspectos. Eu li um livro online: http://www.creationscience.com/onlinebook/ que tem umas teorias bem interessantes também. O que mais me chama a atenção e me faz discordar na teoria é que a aleatoriedade das mudanças e o espaço necessário para elas serem viabilizadas demandam um tempo excessivamente grande e põe janelas que acabariam com uma espécie. Minha percepção pessoal em alguns aspectos alinha-se ao artigo, no sequenciamento e ordem das criações, porém entendo que as coisas foram colocadas na Terra seguindo um padrão e uma lei de evolução limitada às necessidades daquele grupo, por exemplo na família dos felídeos e felinos, talvez novas raças se desenvolveram a partir de uma ou duas \"matrizes\" através da adaptação ao meio. Quando penso na complexidade da estrutura do DNA, acho que seria impossível apenas o acaso (considerando que não houvesse a mão de Deus no processo como alguns querem fazer crer) criar uma molécula de DNA com tantas informações. Imagino que Deus tenha usado um modelo de DNA que ele criou a partir do \"barro\" (Carbono) mas Ele programou (escreveu o script) cada DNA para ter um desempenho específico (Ele disse multiplicai dentro de sua esfera). Como disse inicialmente acho válido essa debate, embora devamos ter clado que são apenas especulações e que não há uma doutrina oficial sobre o assunto, portando isso deve ficar fora das salas de aula na escola dominical e seminários e institutos. São apenas especulações e opiniões pessoais com mais ou com menos base científica, mas não são parte da doutrina do Evangelho. Abraços a todos.
Luiz Botelho
Olá Fernando,
Obrigado por seu comentário. Concordo com você que assuntos relacionados a tópicos não revelados precisam se manter na área da especulação, desde que com alguma base e lógica. Acredito que isso ficou claro no artigo, apesar de pessoalmente eu ter convicção de alguns dos pontos que mencionei. De qualquer forma, sua opinião é sempre bem vinda aqui.
Abraço!
Fabio Franco em 02/10/2015
Eu que agradeço, aprendo mais com cada post seu irmão Botelho.Abraços pra você e pra sua família :)
Fabio Franco em 30/09/2015
Como o irmão Renan J D Ribeiro disse, eu também prefiro buscar a respostas das minhas dúvidas na Fonte Segura.Há anos eu martelava na minha cabeça sobre esse assunto, até que um dia eu busquei com confiança o Senhor pedindo que me ajudasse a entender isso.Na minha revelação pessoal (depois de muita oração e jejum) tive a resposta que o texto de Gênesis onde diz que viemos do \"barro\" (seres humanos) é \"fato\" e não \"alegoria\".Mesmo assim a teoria Darwinista não d eixa de ser interessante e alguns aspectos podem ser aplicados e entendidos na esfera da Criação, exemplo de sermos descendentes dos primatas (não em DNA ou como seres evoluídos organicamente falando) mas porque fomos criados depois deles, tal como a sequencia da Criação nas escrituras, como imagem e semelhança do Senhor. Comparando a evolução das espécies com nossa evolução espiritual há semelhanças sim, mas eu descarto a ideia de sermos seres evoluídos quimicamente e fisicamente de espécies inferiores , se formos pesquisar há inúmeros fatos que desacreditam a Evolução segundo Darwin, são tantas também que não convêm listar aqui, uma que me chamou a atenção foi uma referência à Segunda Lei da Termodinâmica (SLT) Refere-se à tendência universal das coisas, por si só, se “fundirem” com o ambiente à sua volta com o passar do tempo, tornarem-se menos ordenadas e eventualmente atingirem um estado-estacionário. Um copo de água quente, com o tempo, fica frio com a temperatura à sua volta, as construções entram em declínio e passam a ser escombros, e eventualmente as estrelas irão perder o seu calor, levando à “morte térmica” do universo No entanto, o cenário evolutivo propõe que, com o passar do tempo. as coisas, por si só, foram ficando mais ordenadas e mais estruturadas. De alguma forma, a energia do “Big Bang” estruturou-se a ela mesma e gerou estrelas, galáxias, planetas e seres vivos – contrariando a SLT. Uma \"ameba\" que surgiu do nada jamais poderia evoluir por si só até chegar a vida (porque surgiu do nada, o vazio), pois \"vida\" só se origina de \"vida\", contrário do que a essência do evolucionismo diz. Então eu prefiro acreditar no método do Senhor segundo as escrituras, de uma maneira \"não alegórica\" quando se trata desse assunto.
Luiz Botelho
Olá Fábio,
Obrigado por seu comentário e perspectiva. A Teoria da Evolução ao meu ver torna o processo criativo mais complexo e extraordinário e demonstra a real engonhosidade do arquiteto do universo. Existe um contexto específico para a aplicação da Lei da Entropia o qual se refere. Outro detalhe é que a Teoria da Evolução não está relacionada à origem da vida. Ela não explica como a vida surgiu, mas como a vida que já existia se desenvolveu. Não creio que ela elimina o papel de Deus, mas exalta.
Respeito sua opinião e experiência pessoal. Obrigado por compartilhar!
Grande abraço!
Thiago em 24/09/2015
Luiz, de antemão o parabenizo pelo excelente texto! Ressalto aqui que partilhamos das mesmas inquietações, de modo que suas ideias convergem com as minhas conclusões pessoais ao ponderar a respeitos dessas verdades. Mas, a título de debate, no que se refere ao tópico \"14\", como você explicaria a nossa queda da vida pré-mortal para a mortalidade? Explico. Você chegou à conclusão de que \"a história descrita em Gênesis é uma narrativa simbólica de eventos reais, escrita de maneira literária e poética de maneira a descrever a doutrina da Pré-mortalidade do homem, livre arbítrio e nossa decisão de participar do plano de Deus\". Sendo assim, como teria iniciado nossa vida aqui na Terra, senão após o exercício do livre-arbítrio por Adão e a possibilidade de progênie, isto é, senão pela literalidade do relato que encontramos em Gênesis? Ou você acredita que depois do Conselho nos Céus Adão foi colocado na Terra já em seu estado mortal e decaído? Sendo assim, ele adquiriu o corpo físico concomitantemente com o conhecimento do bem e do mal? Ou seja, seu espírito foi inserido em um corpo mortal? Resumindo, não teria havido aquele hiato em que Adão viveu no Éden com um corpo físico perfeito e só após comer do fruto tornou-se sensual e diabólico? Além disso, a vida pré-mortal não teria sido descrita de maneira poética no Apocalipse? Eu acredito, sinceramente, que podemos, sim, aliar a Teoria da Evolução às doutrinas do Evangelho. Na minha opinião, baseado no que é descrito nos manuais do Instituto do Velho Testamento, os \"dias\" falados no livro de Gênesis podem significar \"eras\", de tal forma que é possível que nesses milhares ou milhões de anos entre um \"dia\" e outro, isto é, entre uma era e outra, as espécies tenham evoluído, até que o corpo da maior criação do Senhor, o homem, estivesse completamente organizado e pronto para receber o \"sopro da vida\". Assim, poderíamos considerar que o que é narrado em Gênesis são fatos! E, portanto, a narrativa é literal. Por fim, não se pode olvidar que os três pilares do Evangelho são 1) a criação; 2) a queda e 3) a expiação, o que nos leva a crer que Adão foi colocado no Éden com um corpo perfeito, que somente poderia se tornar decaído com a transgressão, pois \"onde não há lei, não há pecado\". Se não considerarmos que o Gênesis é literal, teríamos que considerar que Adão foi colocado diretamente na Terra com um corpo decaído, saindo da presença de Deus para um estado telestial sem ter nenhuma transgressão, o que é contrário às doutrinas do Evangelho. Posso estar completamente equivocado, mas essa é, também, uma conclusão pessoal. Como estamos entre irmãos com a mente aberta, \"no topo da pelagem do coelho\" (como em o Mundo de Sofia), acredito que aprenderemos juntos com a confabulação!
Luiz Botelho
Olá Thiago,
Obrigado pelo comentário e considerações. Respondi sua mensagem direto por email.
Abraço!
Joao em 15/09/2015
Uma coisa é dizer que houve uma evolução e quanto a isso já temos a certeza que houve. Já temos todas as evidências e isso é mais do que um fato. Mas algumas pessoas disseram que a evolução não anda junto com a crença em Deus, isso é completamente absurdo. Em pérola de grande valor, no livro de Abraão, aprendemos que Deus dava ordem e aguardava as inteligências obedecerem. O processo de criação da Terra e evolução da vida cabe perfeitamente nesse ensinamento. O que para as pessoas do mundo poderia ser um fato randômico, para nós sabemos que houve algo organizado. Sem contar que o principio da Evolução, de pequenas coisas se transformaram em grandes, é um principio eterno do Evangelho. Quando que seres tão insignificantes como nós podemos ser Deuses? Essa é a beleza do Plano, o grande milagre.
Luiz Botelho
João,
Faço de suas palavras as minhas.
Abraço!
Renan em 13/09/2015
Interessante seu ponto de vista. Sempre que ouço a palavra evolução me vem a mente a voz do professor Cortella dizendo que \'evolução é uma palavra neutra, pode melhorar ou piorar, por exemplo: uma doença evolui, ou o número de crimes pode evoluir\'. Mas enfim, enquanto lia seu artigo me veio à mente uma ideia que pode apoiar a tese do evolucionismo, que é o fato de que a Terra pode ter sido criada de acordo com o Tempo de Colob e por isso, quando os cientistas afirmam que tal fóssil ou algo parecido tem x milhões de anos eles podem estar certos, porque estão medindo o tempo de nossa terra comparando-a com o tempo de Colob, que eles ainda desconhecem. Entretanto, também concordo com o que disse o amigo Marco Aurélio aqui embaixo, que a máquina humana é muito complexa para ter sido criada à partir da aleatoriedade. Certa vez participei de um serão com um arqueólogo cientista da USP membro ativo da igreja que discorreu sobre esse assunto. De acordo suas pesquisas ele disse que é impossível negar a existência de fósseis de milhões de anos e das vida pré-Adamitas. De acordo com sua teoria pessoal ele disse que todas essas formas de vida existentes antes de Adão, incluindo dinossauros, existiram para preparar a terra para a chegada do homem, a mais nobre e elevada criação de Deus. Mas como se deu essa preparação? de acordo com sua teoria, ele disse que esses seres pre-Adamitas, ao morrerem, ajudaram a preparar o solo, como por exemplo produção de Gás e Petróleo gerados à partir do processo de decomposição desses seres durante milhões de anos. Outro fato que me chama a atenção é o fato de Charles Darwin ter lançado seu famoso e polêmico livro em 1859, primórdios da restauração da dispensação da plenitude dos tempos, onde o próprio Senhor disse que restauraria \'todas as coisas\'. Diante dessas reflexões só tenho certeza de uma coisa: Alguns tipos de conhecimentos sobre a eternidade estão reservados para outras esferas de vida, talvez o nosso cérebro por ser mortal pode chegar somente até um certo ponto de processamento de informações. Por exemplo a questão: se Deus já foi um homem como nós, quem é seu pai? Qual foi o primeiro Plano de Salvação que existiu, qual foi a primeira de todas as causas? Não acho impossível, mas acho difícil que Deus nos dê essas respostas na mortalidade. Também algo que me intriga é o fato de que \'pelo poder de sua palavra os mundos foram criados\', ora, se as inteligências conseguem ouvir o som da voz e compreendem o significado de seu comando, em qual idioma Deus e Jesus Cristo criaram os mundos? Esse é um dos assuntos que gostaria que você abordasse em algum artigo futuro Luis, se possível: a linguagem adâmica! No relato da torre de Babel diz que todos os homens falavam a mesma língua, e se eles continuassem assim \'nada vos seria impossível\', por isso o Senhor os confundiu com diferentes idiomas. Encontrei em Pérola de Grande Valor algumas palavras nesse idioma, palavras de planetas e estrelas, mas é algo ainda bem vago e até agora não encontrei algum manual da igreja que se aprofundasse nesse assunto além de Mormon Doctrine. Acredito que enquanto não falarmos todos esse mesmo idioma muitas verdades de Deus serão incompreensíveis para nós. Na minha opinião a onisciência, onipresença e onipotência de nosso Pai está estabelecida sob alguns pilares, como o idioma Adâmico, ou idioma celestial; A aplicação perfeita de Símbolos e Sinais; Conhecimento perfeito sobre a matéria os Elementos e o controle perfeito do tempo e espaço. E o melhor de toda essa busca é que \'se buscarmos a orientação do Espírito Santo, ele nos confirmará toda a verdade. Temos esse direito e privilégio. E que privilégio. Abraço a todos!
Gabriel em 08/09/2015
O artigo veio em boa hora, pois estou tendo aulas de evolução e frequentemente aparecem debates em sala de aula. Penso que os pontos colocados são plausíveis e já vinha pensando em alguns deles há algum tempo. Para mim o assunto é interessante e estou sempre procurando aprender sobre isso. A veracidade do evangelho é incontestável, mas as evidências da evolução não podem ser ignoradas. Uma não exclui a outra, fazem parte do mesmo plano. É como um grande quebra-cabeça, ainda faltam algumas peças para que possamos ver a imagem completa, mas dia chegará em que entenderemos.
Marco Aurélio em 08/09/2015
Na minha humilde opinião não existe a possibilidade das duas idéias serem verdadeiras porque uma vez que a vida possa se desenvolver por processos naturais não há necessidade de um Deus ou algo além da matéria. Eu tenho muitas lacunas no meu entendimento porém não acho que catalogar as espécies por similaridade e grau de complexidade seja descrever a evolução, dizer que este é fruto daquele, posso fazer isto também com os objetos da minha casa, eles tem elementos e características parecidas porque foram criadas pela mesma inteligência porém a colher não evoluiu do garfo embora ambos tenham muita similaridade. Outro ponto importante é a origem da informação genética, a separação dos sexos, a formação complexa das máquinas de engenharia que fazem parte de nosso corpo. Eu sou engenheiro, para você projetar um prédio é algo muito complexo, demanda muito tempo de calculo e uso sistemático da inteligência, acho sinceramente impossível qualquer mecanismo ser capaz de criar aleatoriamente a máquina humana. Nem nas minhas mais profundas meditações consigo ver qualquer verdade na evolução, é muita tecnologia para ser fruto do acaso.
Glauco em 08/09/2015
Sempre vi o Senhor nosso Pai Celeste como um grande poderoso e hiper inteligente cientista alienígena, para mim o evangelho é pura ciência, tal como os milagres e etc. Nunca tomei o relato da criação nem a investidura como literal mas sim simbólico e poético. E creio sim que a teoria da evolução pode se harmonizar com o evangelho.
ivan barbosa em 07/09/2015
Então vejamos se eu entendi. pelo pouco que sei sobre inteligencias, e no que foi apresentado sobre civilizações pre adamitas, seria o caso do Senhor ter utilizado inteligencias inferiores até que o corpo do homem estivesse plenamente formado através de mutações e evoluções ao longo do relato da criação pra receber a inteligencia superior no caso Adão que foi o primeiro Homem propriamente dito? A proposito passei semanas esperando um novo artigo do Site, antes eu tinha medo de procurar conhecimento por não ter fé suficiente e testemunho formado, minha primeira reação era o que muitos costumam fazer por aqui, \"critica e negação\" agora tudo pra mim são degraus para um entendimento maior sobre a beleza e magnitude do poder de Deus.
Gelzcke Felix Nogueira em 07/09/2015
O Senhor tem seus meios para criar, meios que não conhecemos por não entendermos ciência e acharmos que tudo e blásfemias como foi feito com os primeiros santos e ainda hoje é. O cientistas não tem o conhecimento perfeito e as vezes passão informações incompletas. Parecemos com os que sao anti o mormonismo quando dizem não pode os céus se abriem e um homem pecador ver o pai e o filho! Só como ponto de observação a ciência afirma que primeiro surgiu a vida aguatica, por acaso não é o mesmo que está em gênese primeiro o senhor criou os animais que vivem na água!
Juliano Guth em 07/09/2015
Meu querido Élder Botelho, tenho várias opiniões divergentes das tuas, mas acho interessante essas ponderações. Vou concordar com Bruce R. MacConkie. Foi um gênio da doutrina. Pondere um pouco sobre o poder de Deus sobre as inteligências, os milagres de Cristo não seguem leis da física como conhecemos. Deus organizou as espécies, Ele não precisa esperar milhões de anos para diversificar a criação. Nós evoluímos sim, mas não como espécies, isso é doutrina espírita. Na verdade a ciência ainda engatinha, e o tempo mostra que as opiniões dos homens é que muda e não as revelações de Deus. Abraço.
Luiz Botelho
Olá Guth!
Obrigado por seu comentário e opinião. Uma das maiores bençãos do Evangelho é a oportunidade de podermos discordar sobre alguns pontos e ainda assim estar unidos na mesma fé. Obrigado por seu exemplo! Vocês são os caras!
Abraço!
Renan J D Ribeiro em 07/09/2015
Parece que o irmão demonstra simpatia ao \"evolucionismo teísta\"em seu artigo. Acredito que este assunto requer muito mais estudo e reflexão. Acredito piamente na criação realizada por um Deus onipotente, onipresente e onisciente e como o primeiro homem a ser criado por Ele, aguardo mas luz e verdade diretamente de Suas Mãos. Certamente a revelação pessoal tem primazia sobre quaisquer outras fontes de informação. Gostaria de sugerir as palestras do professor Adauto Lourenço\"As Origens das Teorias\" entre outras palestras dentro do mesmo tema(no youtube), como fonte de reflexão e comparação e não de acirramento de discussões. É provável que mesmo assim as dúvidas permaneçam, entretanto, torno a dizer: confio em informações recebidas diretamente de Fonte Segura.
Adriano em 07/09/2015
Na minha opinião Deus é o grande cientista do universo. Alguém que conhece os processos, que sabe que a união de um elemento x com um y resultará noutro novo elemento. Alguém que sabe quais ingredientes (elementos) são necessários para se criar um planeta (ou um bolo). O que ocorre entre a iniciativa de unir elemento x com elemento y ou farinha de trigo com ovos e açúcar e o resultado final é o que podemos chamar de evolução assistida e condicionada por inteligência superior.
Marcelo Castro em 07/09/2015
Gosto muito desse tipo de debate, mas devo confessar que apesar de todos os seus esforços as dúvidas ainda pairam na cabeça e parece que quanto mais entramos a fundo mais confuso aparece. Acho difícil para uma pessoa que tenha nas escrituras, a fonte de conhecimento da verdade, aceitar a teoria da evolução. Ela acaba com tudo que a religião ensina.
Luiz Botelho
Olá Marcelo,
Obrigado por seu comentário. Respeito sua opinião, mas como demonstrei no artigo, possuo uma perspectiva diferente. É verdade que perguntas ainda ficam sem respostas ao se analisar a aplicação da Teoria da Evolução, mas isso é natural, visto que não possuímos todas as peças do quebra-cabeça.
Discordo que a Teoria da Evolução acaba com o que a religião ensina. Ao meu ver, ela molda o entendimento religioso e nos dá uma perspectiva mais profunda de que Deus não trabalha com passes de mágica no processo de criação, mas através de processos naturais que Ele mesmo estabeleceu. A descrição das escrituras para a criação é de certa forma extremamente simplificada, o que ao meu ver indica claramente que o foco era ensinar princípios e não mecanismos.
Grande abraço!
Uma análise historiográfica do embate teológico entre o Setenta B. H. Roberts e Apóstolo Joseph Fielding Smith acerca da vida e morte antes da queda, teoria da evolução e raça humana pré-Adâmicas
Uma abordagem teológica e científica à doutrina e teoria científica de que a Terra vive.
Onde consideramos a imensidão do cosmos e seu propósito divino, bem como o lugar e papel do homem como parte desse cosmos em constante expansão.
Uma análise desse tema no mínimo curioso, à luz da história e do contexto das declarações.
O conhecimento do evangelho de Jesus Cristo, bem como os fatos revelados pela ciência moderna, permitem chegar a conclusão correta sobre a validade da astrologia nos dias atuais.
Os ensinamentos do profeta Joseph Smith em abril de 1844 (e que ficariam conhecidos como o sermão de “King Follett”) podem conter em suas entrelinhas, uma verdade desconcertante: nossa existência é somente uma de uma infinidade de outras ocorrendo paralelamente.
Comparando a astronomia moderna com a história bíblica, somos capazes de obter uma nova e incrível explicação a respeito desse relato.
Onde analisamos o tema baseados no conhecimento científico desenvolvido nos últimos duzentos anos.
Uma análise de como o princípio da entropia permeia todos os aspectos do universo físico e espiritual.
Entendendo a matemática utilizada por Deus na construção do universo e realidade.
O Evangelho de Jesus Cristo no Nível Subatômico.
Uma abordagem de como tais ferramentas são compatíveis e incompatíveis quando analisadas indevidamente.
Analisamos nesse artigo a estrutura de quatro argumentos que indicam que sim, Deus existe.
O que as escrituras, profetas e ciência tem a dizer sobre a possibilidade de vida fora da terra?
O debate a cerca da existência de um Deus tem por muitos séculos estado no centro das reflexões filosóficas e moldado consequentemente o próprio desenvolvimento da humanidade em todos os aspectos.
Dentre as inúmeras características humanas que nos distinguem das demais formas de vida existente em nosso planeta se destaca a capacidade do homem de questionar a própria origem, propósito e existência.
O Livro de Mórmon é a tradução de um registro antigo que conta a história de como um grupo de Judeus saíram de Jerusalém, navegaram, cresceram e se desenvolveram no continente Americano. O registro cobre aspectos sociais, econômicos, políticos, bélicos e religiosos de civilizações específicas que viveram na América por um período aproximado de mil anos.
Entre os assuntos recentes mais comentados e utilizados por críticos do Livro de Mórmon, estão as pesquisas com DNA e uma contínua tentativa de através disto, desprová-lo como escritura inspirada.
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