50 Tons de Cinza e a Glamorização do Abuso e Violência | Intérprete Nefita

50 Tons de Cinza e a Glamorização do Abuso e Violência


Por Luiz Botelho 12 de Fevereiro de 2015
50 Tons de Cinza e a Glamorização do Abuso e Violência

PERGUNTA:

Sendo promovido como "romance" e "história de amor moderna", a adaptação do livro "Cinquenta Tons de Cinza" chega aos cinemas buscando explorar um dos mais fortes apetites humanos (relação sexual), ao passo que a confunde de maneira grotesca com o mais nobre dos sentimentos, o amor. 

RESPOSTA:

Sendo promovido como "romance" e "história de amor moderna", a adaptação do livro "Cinquenta Tons de Cinza" chega aos cinemas buscando explorar um dos mais fortes apetites humanos (relação sexual), ao passo que a confunde de maneira grotesca com o mais nobre dos sentimentos, o amor. 

O Filme

A trama conta a história de Christian Grey, um bilionário sádico que utiliza violência, abuso, manipulação e humilhação para controlar a jovem Anastasia, que por um motivo que apenas Holywood consegue entender, ainda assim se sente atraída e apaixonada. Com esse plano de fundo, Cinquenta Tons de Cinza chega às telas glamorizando a doentia ideia de que abuso é aceitável e violência é sexy.

Dawn Hawkins, executiva de uma organização que combate toda forma de abuso sexual declarou:

"Enquanto milhões de mulheres fantasiam em suas cabeças o fictício, controlador e abusivo Christian Grey, há na verdade muitas outras mulheres lidando com o horror de viver com um homem como ele."[1] 

Banalização da Imoralidade

Em uma época onde defender valores morais é visto como fundamentalismo e fanatismo, Cinquenta Tons de Cinza traz em uma única receita todos os ingredientes necessários para degradar a natureza divina dos filhos de Deus, corromper a instituição familiar e deformar o mais sagrado de todos os relacionamentos humanos, o amor entre homem e mulher. 

O Elder Jeffrey R. Holland, descreveu o abismo que separa a luxúria promovida por materiais pronográficos e o verdadeiro amor:

"O amor verdadeiro perdura, mas a luxúria muda tão rapidamente quanto o virar de uma página de material pornográfico(...)

O amor verdadeiro é algo que nos deixa totalmente entusiasmados(...)Mas a luxúria caracteriza-se pela vergonha e pelo segredo e é quase patologicamente clandestino: quanto mais tarde da noite e escuro for, melhor; com tranca dupla na porta, por via das dúvidas.

O amor nos leva instintivamente a estender a mão para Deus e para outras pessoas. A luxúria, por outro lado, afasta-se de tudo o que é divino, venerando a autoindulgência. 

O amor vem de braços e coração abertos. A luxúria vem apenas com um apetite insaciável."[2]

Alguns de maneira ingênua talvez suponham que Cinquenta Tons de Cinza é "apenas um filme" ou "arte", mas a realidade é que a mensagem promovida pela obra, puxa o gatilho para a nefasta cultura da sexualização da mulher e degradação do corpo humano, tudo isso de maneira crescente e gradual, embora quase imperceptível. Dawn Hawkins sobre isso declarou:

"A sociedade paga o preço quando ensinamos homens a serem estimulados por mulheres sofrendo dor. Como resultado, violência sexual é crescente em nosso exército, escolas, famílias e nas ruas. Quando violência é promovida para ser sexy, sem dúvida, essas são as consequências."[1]

Nessas horas, as palavras de décadas atrás do Presidente Spencer W. Kimbal soam mais modernas do que nunca, quando declarou:

"E o Salvador disse que até mesmo os eleitos seriam enganados por Lúcifer se possível. Ele usará sua lógica para confundir e suas racionalizações para destruir. Ele irá desvanecer os significados e abrir portas um centímetro de cada vez, conduzindo do mais puro branco através de todos os TONS DE CINZA, até a cor negra mais escura."[3]

Conclusão

Sendo discípulos de Cristo ou não, chegou a hora de dizer um BASTA a essa cultura, que faz a sociedade semear o pecado, enquanto Holywood colhe os lucros. Boicotar tais obras é o primeiro passo e o mínimo que devemos fazer, mas infelizmente não é suficiente. 

O aprendizado sobre virtude e a natureza sagrada do relacionamento sexual é e sempre será responsabilidade dos pais, dentro das paredes do lar. Gostaria de finalizar citando as palavras de Dawn Hawkins, convidando o leitor a refletir:

"Remova o glamour e o relacionamento de fachada de Christian e Anastasia e pergunte a si mesmo se é esta mentira distorcida que deseja contar a si mesmo, seus filhos e amigos."[1]

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Fontes:

[1] Truth about ‘Fifty Shades of Grey': Movie glamorizes sexual violence, domestic abuse;Dawn Hawins; http://endsexualexploitation.org/
[2] Não Dar Mais Lugar ao Inimigo de Minha Alma:Jeffrey R. Holland;ABRIL 2010
[3] President Kimball Speaks Out on Morality; Spencer W. Kimball; October 1980



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