13. O Uso da Expressão 'E Aconteceu Que' no Livro de Mórmon

O uso frequente da expressão "E aconteceu que" no Livro de Mórmon já foi alvo de grande ridicularização. Mark Twain afirmou que essa era a expressão "de estimação" mais utilizada por Joseph Smith. Se Smith tivesse excluído a expressão, zombou Twain, O Livro de Mórmon "teria sido apenas um panfleto".[1] A alegação tem sido repetida por muitos críticos, incluindo um indivíduo que em 1979, alegou que O Livro de Mórmon "está amaldiçoado com a frase estranha e repetitiva 'e aconteceu que' que aparece centenas de vezes no livro, em quase todas as páginas."[2] Nem Mark Twain nem Joseph Smith tinham os meios de saber no século 19 o quão importante a frase era para os autores do Livro de Mórmon. 

O manuscrito original do Livro de Mórmon não possuía pontuação. Da mesma forma, manuscritos anteriores ao século 10 também não tinham pontuação. Tanto no Egípcio antigo como no Hebraico, o uso de frases indicadoras como "e aconteceu que", "e agora", "e então" e frases monótonas similares, eram gramaticalmente necessárias para denotar novos pensamentos ou parágrafos.[3] Considerando que O Livro de Mórmon declara ter sido escrito em um tipo de Hebraico modificado e Egípcio "reformado" ou modificado, seria estranho se o livro não contesse tais expressões.

*** Esse artigo é um extrato do livro "Sobre Fé e Razão: 80 Evidências Apoiando o Profeta Joseph Smith", escrito por Michael R. Ash e traduzido por Luiz Botelho***

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Referências:

[1] Mark Twain (Samuel L. Clemens), Roughing It (Hartford, CT: American Publishing, 1989), 128
[2] Latayne Colvett Scott, The Mormon Mirage: A Former Mormon Tells Why She Left the Church (Grand Rapids, MI: Zondervan Publishing House, 1970),63.
[3] Brant A. Garder, Second Witness: Analytical and Contextual Commentary on the Book of Mormon, 6 vols (Greg Kofford Books, 2007)