O que são as Trevas Exteriores e qual é o destino final dos filhos de perdição? | Intérprete Nefita

O que são as Trevas Exteriores e qual é o destino final dos filhos de perdição?


Por Luiz Botelho 17 de Julho de 2018
O que são as Trevas Exteriores e qual é o destino final dos filhos de perdição?

PERGUNTA:

O que são as Trevas Exteriores e qual é o destino final dos filhos de perdição?

RESPOSTA:

A primeira coisa a se compreender é que a Igreja não possui uma posição oficial com relação aos detalhes do destino final dos filhos de perdição. Diferentes líderes possuíram diferentes visões e a única coisa atestada por profetas e pelas escrituras é o fato de que apenas conhecerão completamente o estado final dos filhos de perdição, aqueles que forem participantes deste destino. 

Dentre as diferentes perspectivas referentes às Trevas Exteriores, o destino final dos filhos de perdição, há ao menos duas visões diferentes propostas por líderes da Igreja.

A teoria das trevas exteriores como um local de iniquidade, onde Caim e os filhos de perdição reinarão

Ao menos dois versículos das escrituras sugerem a ideia de que o destino final dos filhos de perdição constituirá no "reino do Diabo", onde Caim por possuir um corpo, "reinará sobre Satanás". 

O Manual do Instituto, referente a esta teoria, declara:

"Os filhos de perdição se constituem, e sempre continuarão a ser, cidadãos e oficiais do reino de Lúcifer. Mas aquele reino será, finalmente, confinado ao Geena. Ali eles 'reinarão', sob as leis e normas colocadas em vigor pelo reino do Diabo, das quais tivemos inúmeros exemplos na história da humanidade, durante as eras negras da ignorância, superstição, tirania e iniquidade. Imaginem um lugar onde as paixões malignas dos seres humanos e espíritos imundos têm livre ação, sem serem contidas pela influência do Evangelho! Esse é o reino do Diabo, onde os filhos de Perdição irão reinar."

Esta teoria apresenta as trevas exteriores como um local específico atrelado ao conceito de "reino do Diabo", que possui "leis" e "normas" o qual a luz do Evangelho não exerce poder ou influência. Embora tal teoria ofereça uma perspectiva inicial sobre o assunto, ela não oferece um entendimento mais profundo da natureza das trevas exteriores quando comparado à outras referências e aparenta indicar o local como algo que para filhos de perdição poderia ser mais considerado como uma colônia de férias do que "tormento eterno".

A Teoria da dissolução dos Espíritos

Uma outra teoria proposta por alguns líderes e que parece possuir um maior respaldo lógico e escriturístico, é a teoria da dissolução dos espíritos dos filhos de perdição, que os fariam regredir a seu estado inicial de inteligências desorganizadas.

Brigham Young foi um dos primeiros a refletir e se expressar sobre isso, quando afirmou:

"Eles serão decompostos, tanto a alma como o corpo, e retornarão a seus elementos nativos. Não afirmo que eles serão aniquilados, mas desorganizados, e será como se nunca houvessem existido, e enquanto nós viveremos e reteremos nossa identidade e contenderemos contra aqueles princípios que tendem à morte e dissolução (...) Eu desejo preservar a minha identidade, para que possam me ver nos mundos eternos assim com me veem agora."

Sobre este prisma, conhecendo parcialmente o destino daqueles que decaem a tal estado, as palavras de Leí a seus filhos rebeldes passem a fazer mais sentido, quando disse:

"Para que não sejais amaldiçoados com uma terrível maldição; e também para não incorrerdes no desagrado de um Deus justo, trazendo sobre vós a destruição, sim, a eterna destruição, tanto da alma como do corpo."

Outros versículos das escrituras parecem delinear ainda mais tal interpretação, promovendo o que parece ser um entendimento mais profundo do significado da segunda morte espiritual como um afastamento completo e absoluto das "coisas concernentes à retidão".

Doutrina e Convênios 88 parece oferecer um suporte ainda mais significativo a esta teoria, quando após citar os indivíduos que herdarão o Reino Celestial, Terrestrial e Telestial declara:

"E os que restarem também serão vivificados; contudo, regressarão a seu próprio lugarpara usufruir aquilo que estiverem dispostos a receber, porque não estavam dispostos a usufruir aquilo que poderiam ter recebido."

O versículo claramente se refere aos filhos de perdição, visto que os indivíduos que herdarão os Reinos de Glória foram anteriormente citados. O uso da palavra "regressarão" parece apoiar o conceito ensinado por Brigham Young da dissolução dos Espíritos, onde tais filhos rebeldes serão desorganizados e retornarão às trevas exteriores, onde não há lei mas reina as trevas, escuridão e o caos, na inicial condição de inteligências desprovidas de corpo ou identidade. 

Ter isso em mente nos oferece um maior entendimento da motivação de Satanás na luta contra a luz e seu destino atormentador. 

Para mais detalhes e referências citadas sobre a natureza e destino dos Filhos de perdição clique aqui.


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