O Livro de Mórmon é a tradução de um registro antigo que conta a história de como um grupo de Judeus saíram de Jerusalém, navegaram, cresceram e se desenvolveram no continente Americano. O registro cobre aspectos sociais, econômicos, políticos, bélicos e religiosos de civilizações específicas que viveram na América por um período aproximado de mil anos.
A questão que por muitos anos tem intrigado diversos pesquisadores e sido alvo de constantes ataques por parte de críticos é relativamente simples. Em que parte da América a história do Livro de Mórmon aconteceu? Que evidências arqueológicas apoiam sua autenticidade e historicidade?
Alguns talvez se perguntem se há qualquer benefício ou importância em conhecer a Geografia do Livro de Mórmon. Outros talvez vão além em firmemente afirmar que tais coisas não são importantes para nossa salvação. Não necessariamente discordo disso. É possível se banquetear espiritualmente dos ensinamentos do livro sem ter ideia alguma de onde a história aconteceu.
Sendo importante para a salvação ou não, uma coisa é certa, conhecer o contexto histórico da "pedra fundamental de nossa religião" agrega conhecimento, e conhecimento sim, é vital e essencial para a salvação.
Os 2 modelos geográficos mais comuns do Livro de Mórmon
A Teoria da Geografia Hemisférica
A visão mais comum entre Santos dos Últimos Dias está na concepção de que os eventos descritos no Livro de Mórmon aconteceram tanto no Norte como no Sul do continente Americano. Adeptos dessa teoria geralmente interpretam a "pequena faixa de terra"[1], por vezes citada no Livro de Mórmon, como a separação entre o hemisfério Norte e Sul do continente.
Aparentemente, a teoria da Geografia hemisférica do Livro de Mórmon foi inicialmente proposta por líderes como Orson Pratt, Frederick G. Williams e o próprio Joseph Smith. [2] Tal ponto de vista provê uma perspectiva simplificada e de fácil visualização dos eventos do Livro, no entanto, encontra desafios como distâncias extremamente longas (milhares de kilômetros) para serem percorridas em poucos dias como descrito no Livro de Mórmon.
A Teoria da Geografia Limitada
Outra visão que em tempos recentes tem ganhando cada vez mais força por parte de estudiosos é a teoria da Geografia limitada do Livro de Mórmon. Em outras palavras, a ideia de que os eventos do Livro de Mórmon não aconteceram em todo o continente como proposto anteriormente, mas em uma região limitada específica da América.
Apesar de contrariar a visão tradicional da Teoria da Geografia Hemisférica, tal teoria é mais plausível quando se considera pontos como:
1. Um modelo limitado se harmoniza com mais facilidade com as informações sobre distâncias entre diferentes locais, providas pelo texto do Livro de Mórmon.
2. Um modelo limitado é compatível com áreas geográficas como a Mesoamérica, conhecidas por terem sido altamente desenvolvidas culturalmente e intelectualmente.
3. Um modelo limitado oferece uma visão mais realista de sociedades antigas, que teriam grandes dificuldades em se comunicar ou transportar caso houvesse entre as cidades distâncias imensas, como proposto pelo modelo anterior.
Qual é a posição oficial da Igreja com relação à Geografia do Livro de Mórmon?
Apesar de líderes do passado como o próprio Joseph Smith, terem compartilhado suas opiniões apoiando uma visão tradicional hemisférica sobre a Geografia do Livro de Mórmon, a Igreja atualmente não vê tais declarações como revelatórias. Em outras palavras, a posição oficial da Igreja é que não há uma posição oficial da Igreja.
O Presidente Harold B. Lee declarou:
"Se o Senhor quisesse que soubéssemos onde (...) Zaraenla estava localizada, Ele teria nos dado a latitude e longitude, não acham?"[3]
A Enciclopédia do Mormonismo, uma produção então supervisionada por apóstolos declarou:
"A Igreja não tem tomado nenhuma posição oficial com relação à localização de lugares geográficos [no Livro de Mórmon] e não desencoraja esforços pessoais para lidar com esses assuntos."[4]
A Igreja oficialmente ainda reafirmou:
"A Igreja enfatiza o valor doutrinário e histórico do Livro de Mórmon, não sua Geografia. Enquanto alguns Santos dos Últimos Dias tem procurado em alguns locais... Não há nenhuma conexão conclusiva entre o texto do Livro de Mórmon e tais lugares." [5]
Alguns membros talvez argumentem que por ter Joseph Smith se posicionado sobre o assunto, sua visão constitui revelação divina sobre o assunto. Outros vão além ao sugerir que discordar do Modelo Geográfico Hemisférico proposto por Joseph é rejeitar os ensinamentos do profeta ou da Igreja. Tal acusação é estranha e incoerente, implicando que líderes que declararam que a Igreja não possui uma Geografia oficial do Livro de Mórmon estão igualmente a caminho da apostasia, o que certamente não é verdade. Evidências indicam que Joseph de fato recebeu visões sobre os povos antigos da América. [6]
Sobre isso, o pesquisador Michael R. Ash declarou:
"Só porque Joseph viu tais coisas em visões não significa que ele sabia onde os eventos aconteceram. Ver pessoas e edifícios não é a mesma coisa que ver um mapa ou uma imagem de satélite." [7]
Como o estudo da Geografia do Livro de Mórmon é realizado?
O grande problema encontrado por muitos na procura dos locais descritos no Livro de Mórmon está na procura de respostas nos locais errados. O Dr. John E. Clark, arqueólogo e ex-diretor do New World Archaelogical Foundation explica um ponto crucial na formulação da Geografia do Livro de Mórmon:
"A maioria dos membros da Igreja, quando confrontados com a Geografia do Livro de Mórmon, se preocupam com as coisas erradas. Quase que invariavelmente, a primeira questão levantada é se a Geografia proposta se harmoniza com a arqueologia da área. Esta deve ser nossa segunda questão, sendo a primeira se a a Geografia proposta se harmoniza com os fatos do Livro de Mórmon. Apenas após uma proposta Geografia conciliar todos os detalhes geográficos significativos dados no Livro de Mórmon, a questão da arqueologia merece atenção. O Livro de Mórmon precisa ser o final e mais importante árbitro na decisão da precisão de uma dada Geografia; Caso contrário, seremos eternamente prisioneiros dos ventos inconstantes da opinião de experts." [8]
Dessa forma, a maneira mais precisa de iniciar a busca pelos locais do Livro de Mórmon é em primeiro lugar, analisar o texto e baseado nele, criar um modelo que se harmonize com as informações do livro. Após isso, tal mapa servirá como base para uma busca em locais reais do continente americano.
Geografia do Livro de Mórmon vs Geografia da Bíblia
Críticos do Livro de Mórmon frequentemente citam descobertas arqueológicas de locais bíblicos como suposta indicação de que se o Livro de Mórmon é verdadeiro, deveria igualmente apresentar precisas localizações geográficas. Tal argumento é tendencioso e ignora completamente a extrema diferença entre a geografia do Velho e Novo Mundo.
Enquanto a Geografia do Velho Mundo é normalmente desértica e exposta, a do Novo Mundo é irregular e repleta de florestas. Arqueólogos não simplesmente abrem buracos no chão na procura por ruínas. Pesquisas arqueológicas em regiões nada amigáveis como florestas tropicais, exigem um massivo número de pessoas, equipamentos e maquinário, tornando-as pouco atrativas financeiramente. Dessa forma, é de se esperar que a arqueologia do Novo Mundo não seja tão abundante como a presente no Velho.
É importante lembrar que são inscrições, não objetos, que delineiam detalhes precisos do contexto histórico de uma civilização. Objetos e artefatos antigos por si só são incapazes de recontar com exatidão os fatos relacionados aos povos que os possuíam. Para ilustrar, imagine que um arqueólogo encontre uma antiga panela. Embora uma panela possa oferecer pistas a respeito da datação dos eventos, ela certamente não provê evidência conclusiva das características religiosas e crenças de um indivíduo ou povo.
Como mencionado pelo Dr. William Hamblin:
"A única maneira pela qual arqueólogos podem determinar nomes de reinos políticos, pessoas, etnografia e religião de uma civilização antiga é por meio de registros escritos."[9]
Como diferenciar uma "panela Nefita" de uma "panela Maia"? Como uma "panela Nefita" deveria se parecer? Como saber se as ruínas ou artefatos que já encontramos na América não pertenceram a povos do Livro de Mórmon? Sem registros escritos, definir conclusivamente detalhes culturais e religiosos de uma nação é praticamente impossível.
Possíveis locais na América para os eventos do Livro de Mórmon
Após analisar cuidadosamente os eventos citados no Livro de Mórmon, estudiosos tem encontrado no texto diversas pistas, que agem como peças de um quebra-cabeça a ser remontado. Com um teórico mapa e localizações geográficas baseadas no texto do livro, o próximo passo é encontrar no continente Americano uma região que possua as mesmas características geográficas.
Vários locais no continente tem sido sugeridos como possível palco para os eventos do livro. Entre as teorias sugeridas mais conhecidas encontram-se:
A Teoria Geográfica Peruana: Baseada na teoria da Geografia limitada, esta teoria parte do princípio de que o grupo de Leí desembarcou no Chile (baseado em uma citação não confirmada atribuída a Joseph Smith). Tal modelo geográfico encontra apoio em descobertas arqueológicas como metais e tradições históricas como a lenda de um deus barbudo de pele branca, mas encontra sérios obstáculos como uma problemática localização do Rio Sidon e carência de evidências no que diz respeito à civilizações da mesma época do Livro de Mórmon.
A Teoria Geográfica de Baja: Baseada na teoria da Geografia limitada, este modelo possui detalhes que o apoiam, como uma "estreita faixa de terra" como citada no Livro de Mórmon e características similares à uma "ilha do mar" (2 Néfi 10:20). Por outro lado, carece de evidências arqueológicas complexas datadas da época do Livro de Mórmon.
A Teoria dos Grandes Lagos: Tal teoria utiliza alguns versículos do Livro de Mórmon como maneira de apoiar a ideia de que os eventos do Livro de Mórmon aconteceram unicamente em regiões Norte Americanas, nos arredores dos lagos de Nova York. Adeptos dessa teoria também se apoiam em testes de DNA em algumas tribos de Índios Americanos que parece indicar que possuem vínculos com antigas civilizações do Oriente Médio. Esta teoria entretanto enfrenta obstáculos como uma "faixa estreita de terra" que necessita muito otimismo para se harmonizar com a descrita no livro, ausência de evidências arqueológicas de grandes civilizações e um clima extremamente frio com a regular presença de neve, elementos jamais citados no Livro de Mórmon.
A Teoria da Mesoamérica: Entre as teorias geográficas existentes, a maioria dos estudiosos SUD defendem a Mesoamérica (onde cresceu civilizações como os Maias), localizada na América Central, como o mais provável local para os eventos descritos no Livro de Mórmon. Tal teoria baseia-se no modelo geográfico limitado e parece ser apoiada por diversos campos de estudo, como por exemplo:
1. A Geografia do Livro de Mórmon requer que a faixa de terra esteja entre faixas de água grandes o suficiente para serem chamadas de "mar".
2. Registros Escritos: A Mesoamérica é o único local que aparenta ter tido um sistema de registro escrito sofisticado durante a época do Livro de Mórmon.
3. Cidades e fortificações: A Arqueologia confirma a existência de cidades datadas da época do Livro de Mórmon.
4. Rios: A Mesoamérica possui rios em locais que se harmonizam com o texto do livro.
5. Clima: As evidências encontradas no Livro de Mórmon sugerem um clima que possibilitaria a plantação de trigo e cevada e ausência de neve. Tais características são encontradas na Mesoamérica
6. Cultura: Tanto a cultura do Livro de Mórmon como a da Mesoamérica sugerem a existência de uma sofisticada agricultura e comércio.
7. Atividades Vulcânicas: A Mesoamérica está situada em um local onde terremotos e erupções vulcânicas são bons cadidatos a autores dos eventos de destruição descritos em 3 Néfi.[10]
Teria Leí encontrado um continente vazio ao chegar na América?
Historiadores membros e não membros da Igreja tem ao longo dos anos encontrado centenas de paralelos que indicam de maneira consistente que o grupo de Leí se uniu aos povos da Mesoamérica, e isto sugere que a história do Livro se passa em uma área geográfica limitada e significativamente menor do que muitos antes acreditavam.
Embora O Livro de Mórmon não contenha detalhes significativos das nações já existentes na América antes da chegada do grupo de Leí, uma passagem no livro aparentemente apoia a ideia de que o continente já era habitado. Em 2 Néfi 5:5-6 lemos:
"E aconteceu que o Senhor me advertiu para que eu, Néfi, me afastasse deles e fugisse para o deserto, com todos os que quisessem seguir-me. Portanto aconteceu que eu, Néfi, levei comigo minha família, assim como Zorã e sua família; e Sam, meu irmão mais velho, e sua família; e Jacó e José, meus irmãos mais jovens, e também minhas irmãs e todos os que me quiseram acompanhar. E todos os que me quiseram acompanhar foram os que acreditavam nas advertências e revelações de Deus; portanto deram ouvidos a minhas palavras."
Na ocasião em que os Nefitas e Lamanitas se separaram, Néfi foi seguido por sua própria família, Zorã e Sam e suas respectivas famílias, seus irmãos mais novos Jacó e José, suas irmãs e ainda "todos os que me quiseram acompanhar". Quem seriam estes "outros" que "acreditavam nas advertências e revelações de Deus"? A resposta mais provável é que esses versículos se refiram a nativos do continente ao invés de membros do grupo de Leí. Significativamente, neste ponto do livro, Néfi pela primeira vez introduz o termo "povo de Néfi" em referência a seus seguidores (2 Néfi 5:9), expressão que sugere uma sociedade maior do que seus familiares imediatos.
O Livro de Mórmon e testes de DNA
Críticos em tempos recentes tem apelado a testes de DNA como uma tentativa de descreditar as declarações do Livro de Mórmon de que Judeus estiveram presentes e se desenvolveram no continente americano.
Testes recentes de DNA realizados com amostras de Índios nativos do continente Americano indicam que a informação genética de tais Índios não são compatíveis com o DNA dos povos Judeus da atualidade e sim com o de povos da Ásia. Tais estudos tem sido utilizados por alguns como uma maneira de determinar que dessa forma, os povos Americanos não são descendentes de Leí que era um Judeu e portanto isto provaria que O Livro de Mórmon não é Escritura inspirada como Santos dos Últimos Dias declaram.
Apesar de aparentemente convincentes, este tipo de crítica é inconsistente e insensata quando se considera que:
1. O Livro de Mórmon não declara que Leí encontrou um continente vazio ao chegar na América e não elimina a existência de outros povos. Dessa forma, é natural que a grande maioria de índios americanos não pertencerão à linhagem de Leí.
2. Estudos genéticos indicam que a possibilidade do DNA de Leí existir atualmente é remota, visto que ao se unir a civilizações maiores já existentes na América uma natural diluição genética eliminaria rastros de um grupo menor.
3. Leí era da tribo de Manassés (Alma 10:13; 1 Néfi 5:14) e não de Judá. Isso significa que não possuía DNA do Judeu tradicional de sua época. Sem saber as características exatas de seu DNA, como o que compararíamos as amostras de Índios atuais?
Dessa forma, é impossível utilizar estudos de DNA como maneira de provar ou desprovar a autenticidade do Livro de Mórmon.[11]
Para uma análise mais detalhada sobre as críticas e fatos relacionados a DNA, acesse:
DNA e O Livro de Mórmon - Separando Mito e Realidade.
Localização do Monte Cumôra
Se a história do Livro de Mórmon aconteceu na região da América Central conhecida como Mesoamérica, como explicar Joseph encontrando as placas no Monte Cumôra em Nova York?
O Livro de Mórmon descreve:
1. As últimas batalhas entre Nefitas e Lamanitas aconteceram na "terra de Cumora" e Mórmon afirma que ocultou "no monte Cumora todos os registros que me tinham sido confiados pela mão do Senhor, excetuando-se estas poucas placas que dei a meu filho Morôni" (Mórmon 6:6)
2. Os últimos habitantes do povo Nefita foram destruídos aproximadamente 385 d.c. Apenas Morôni sobreviveu para preservar os registros remanescentes. (Mórmon 6:5)
3. Morôni andou como errante durante um longo período para perservar sua vida. (Morôni 1:3)
Seria o "Monte Cumora" descrito no Livro de Mórmon o mesmo "Monte Cumora" de Manchester, NY o qual Joseph Smith encontrou as placas? Se a última batalha aconteceu em um local da Mesoamérica, como teriam as placas viajado milhares de kilômetros até Nova York?
Ao fim de seu registro, Morôni indica que mais de 420 anos haviam se passado após a vinda de Cristo (Morôni 10:1), o que significa que ele permaneceu como "errante" por 36 anos após a destruição total da civilização Nefita (421-385=36). Apenas para que se tenha uma noção das distâncias que poderiam ser percorridas em 36 anos, considere os seguintes parâmetros:
1. Uma pessoa caminhando normalmente, percorre cerca de 5 km por hora.
2. A 5 km/h seria possível percorrer 40 km por dia, em jornadas de 8 horas diárias.
3. Por mês 1200 Kilômetros e por ano 14.400 km
4. Com esses parâmetros, em 36 anos teríamos percorrido cerca de 518 mil km.
5. 518 mil km é equivalente a aproximadamente 13 voltas no planeta
Naturalmente, 36 anos seriam mais do que suficientes para que Morôni chegasse e enterrasse as placas no local onde Joseph as encontrou. Diversos historiadores dessa maneira indicam que o palco da última batalha entre Nefitas e Lamanitas (terra de Cumora) não é o mesmo local onde Joseph recebeu as placas em Nova York. Como o historiador John E. Clark mencionou:
"Nos últimos 50 anos, alguns estudiosos tem sugerido que o uso comum da palavra Cumora entre Santos dos Últimos Dias confunde dois locais diferentes e que o modesto monte onde Joseph Smith recuperou as placas não é o mesmo cenário das batalhas genocidas". [12]
Evidências Arqueológicas do Livro de Mórmon
Nahom
Entre as incríveis evidências arqueológicas em suporte ao Livro de Mórmon encontramos Nahom, local presente na provável trilha de Leí e que é citada por nome no Livro de Mórmon como o lugar em que Ismael foi sepultado(1 Néfi 16:34-35). Localizados na Península Arábica, três altares foram descobertos contendo a inscrição hebraica do nome "NHM". O nome "Nahom" citado no Livro de Mórmon se torna "NHM", ao considerar que o hebraico escrito não possui vogais.
A precisão do Livro de Mórmon é ainda maior ao localizar Nahom no exato local em que está presente geograficamente (1 Néfi 17:1), sendo datado entre o século 7 a.C. e 6 a.C., exata época em que o grupo de Leí saiu de Jerusalém.[13]
Para entender o peso da evidência de Nahom, alguns irreverentemente ilustram que seria como estar andando em algum local da Mesoamérica e encontrar uma antiga placa esculpida em pedra com as inscrições "Bem vindos a Zaraenla".
Em outras palavras, o Livro de Mórmon citou por um nome específico, um local específico de uma época específica. Como poderia Joseph Smith saber de tais coisas?
Para mais detalhes sobre Nahom, clique aqui.
A Terra de Abundância
Após passar por Nahom e caminhar por anos pelo deserto, Néfi declara que em determinado momento encontraram um local fértil o qual nomeou "Abundância", com grande quantidade de frutas, mel silvestre e os materiais necessários para a construção de um navio (1 Néfi 17:5-8). Lembre-se que estamos falando da Península Arábica, um local desértico onde vegetação e frutas não é exatamente o que se espera encontrar. Críticos da época de Joseph Smith não cansaram de zombar da ideia de um "Oásis" no meio do deserto da Arábia. [14]
Simplesmente não havia para Joseph os meios necessários para saber da existência de tal local. Mas com o passar do tempo a humanidade evoluiu, o homem aprendeu a voar e imagens de satélite (que você mesmo pode acessar pelo Google Maps) indicam um incrível candidato à Terra de Abundância em um local que se harmoniza com a descrição da viagem de Leí, a Costa de Omã.
A Costa de Omã não apenas fornece uma evidência gritante da coerência do relato do Livro de Mórmon, mas é descrita na viagem como sendo após Nahom, que Geograficamente foi um ponto anterior de parada do grupo de Leí. Em ambos os casos, o Livro de Mórmon forneceu detalhes específicos inexistentes ou não acessíveis a Joseph Smith. Coincidência ou Inspiração?
Para mais detalhes sobre a Terra de Abundância, clique aqui.
A cidade Maia "Lamanai"
Uma das cidades antigas da Mesoamérica cujo nome pré-Colombiano é conhecido é a cidade Lamanai. Registrada por missionários espanhóis e documentada mais de 1000 anos antes em inscrições Maias como "Lam'an'ain". Tal nome não é citado no Livro de Mórmon, mas é digno de reflexão. [15]
Para mais detalhes sobre Lamanai, clique aqui.
Izapa Stella 5
Descoberta em 1941 pelo arqueólogo Matthew W. Stirling, Stela 5 é uma escultura de 2 metros de altura, datada de aproximadamente 300 a.C. e possui elementos que se assimilam à visão de Leí da Árvore da Vida, como descrito em 1 Néfi 8. Entre os elementos presents na escultura encontramos:
1. Uma árvore frutífera no centro
2. Ao topo, uma representação dos céus
3. Abaixo o que parece ser uma representação da terra e da barra de ferro conduzindo à árvore
4. Também em baixo, o que parece representar um rio
5. Pessoas sentadas abaixo da árvore são representadas por alguns como personagens do Livro de Mórmon.
Embora não haja um consenso entre estudiosos SUD com relação ao assunto, Izapa Stela 5 é visto por alguns pesquisadores como evidência de elementos presentes no texto do Livro de Mórmon e apesar de seu relacionamento com o Livro de Mórmon não ser conclusivo, sem dúvida é digna de consideração.[16]
Para uma análise detalhada da Izapa Stela 5, clique aqui.
Conclusão
Apesar de a Geografia do Livro de Mórmon não ser um ponto vital na doutrina e ensinamentos dos Santos dos Últimos Dias, o estudo e constantes descobertas relacionados ao campo da Geografia e Arqueologia reforçam a historicidade e autenticidade do livro, eliminando a ideia de que ele é "fictício" ou apenas "de valor espiritual".
Naturalmente conhecer os ensinamentos e promessas do Livro de Mórmon é mais importante do que conhecer sua Geografia. Entretanto, conhecer o contexto histórico dos povos descritos no livro nos ajuda a ter uma visão mais ampla dos autores da história. Tal análise nos proporciona uma perspectiva mais profunda de seus sentimentos e situação, nos motivando a não repetir seus erros e nos ensinando a buscar e lembrar o Salvador, o qual eles esqueceram.
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Fontes:
[1] Alma 22:32; Alma 50:34; 52:9; Hel. 4:7; Morm.3:5; Éter 10:20
[2] "Statement on Book of Mormon Geography," FARMS (accessed 18 September 2006)
[3] Limited Geography and The Book of Mormon: Historical Antecedents and Early Interpretations; FARMS Review; 2004:16:2,259
[4] John E. Clark, "Book of Mormon Geography", Encyclopedia of Mormonism
[5] Michael Watson, Office of the First Presidency, 23 de Abril de 1993
[6] History of Joseph Smith, 83
[7] Challenging Issues, Keeping the Faith: Two points about Book of Mormon geography; Michael R. Ash; Feb 2010
[8] [A Key for Evaluating Nephite Geographies, John E. Clark, FARMS Review: Volume - 1, Issue - 1, Pages: 20-70, A review of "Deciphering the Geography of the Book of Mormon" by F. Richard Hauck, Provo, Utah: Maxwell Institute, 1989
[9] William J. Hamblin (posting under the screen-name, “MorgbotX”), posted 29 January 2004 in thread, “What Would Be Proof of the Book of Mormon,” on Zion’s Lighthouse Bulletin Board (ZLMB)
[10] Shaken Faith Syndrome; Michael R. Ash; Fev 2013
[11] DNA e O Livro de Mórmon - Separando Mito e Realidade; Luiz Botelho; Intérprete Nefita; Nov 2014
[12] John E. Clark,"Archaeology and Cumorah Questions", Journal of Book of Mormon Studies
[13] S. Kent Brown, "Nahom and the 'Eastward' Turn," Journal of Book of Mormon Studies 12:1
[14] Warren P. Aston,"The Arabian Bountiful Discovered? Evidence for Nephi's Bountiful", Journal of Book of Mormon Studies, 7/1 (1998)
[15] Biblical archaeology compared to the Book of Mormon; FairMormon/ http://en.wikipedia.org/wiki/Lamanai
[16] Stewart W. Brewer,"The History of an Idea: The Scene on Stela 5 from Izapa, Mexico, as a Representation of Lehi's Vision of the Tree of Life", Journal of Book of Mormon Studies
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Danielson Samways em 02/07/2016
Bom dia! Gostei muito do seu site. Eu tenho estudado por anos sobre a geografia do livro de Mormon. Vou postar algumas coisas de interesso sobre o assunto. Luiz Botelho de que cidade você è ?
Luiz Botelho
Olá Danielson, Moro em Provo, Utah. Obrigado pelo apoio. Abraço.
Fábio em 01/03/2016
Meus parabéns pela página continue assim já salvei nos favoritos Lembrando que mesmo um dia nós encontremos cidades registros escritos no livro de Mórmon e creio e sei que isso um dia irá acontecer tão explicitamente quanto na Bíblia isso não vai fazer com que as pessoas acreditem em nossa fé . digo isso para os cristicos de nossa fé
Reginaldo Gomes de Lima em 24/11/2015
Em seu livro, uma obra maravilhosa e um assombro o então presidente profeta Le Grand Richard reafirma em seu livro que Cristóvão Colombo, quando chegou à américa, os indios que ele encontrou eram TODOS descendentes de Leí.....afinal houve uma mudança de posturas em relação à essa crença????
Luiz Botelho
Olá Reginaldo,
Obrigado por seu comentário. A resposta mais objetiva para a sua pergunta é, Sim. Houve mudança no entendimento da Geografia e Antropologia do Livro de Mórmon. Na ausência de revelações específicas a respeito do assunto, líderes compartilharam de tempos em tempos suas perspectivas e atualmente, historiadores e estudiosos de diferentes áreas possuem mais informações a respeito do assunto do que qualquer líder do passado jamais possuiu. Errar não está fora da agenda dos líderes da Igreja.
Abraço
Giulian Andrade em 06/11/2015
Caro Luiz Botelho. Sinceros parabéns pelas conjecturas. Sinto que precisamos de mais estudos como o seu. Vai aqui o meu incentivo: continue pesquisando. Posso até dar algumas sugestões: 1) Entre os anos 26-30 d.C os nefitas, após prosperarem na terra, decaem em orgulho e incredulidade. Essa passagem relata o período de 3 anos antes do Sacrifício Expiatório de Cristo, Sua ressurreição e visita aos povos das américas. 2) No capítulo 8 de 3 Néfi , o respectivo Profeta que escrevera nesta parte do livro indica: \"E então aconteceu, se não houve equívoco na maneira pela qual esse homem calculou nosso tempo, que se passou o trigésimo terceiro ano\" (v.2), o que nos mostra que a) indicando, também, o trigésimo terceiro ano desde que a Nova Estrela que havia aparecido aos povos das américas no ano do nascimento do Salvador, conforme registrado pelo Profeta Samuel, o Lamanita (Helamã 14). b) o que nos deixa claro que a contagem de Néfi se dava de igual forma em relação à contagem de tempo dos judeus; 3) Ainda no capítulo 8 de 3 Néfi é possível observar catástrofes que demarcaram a localidade onde os povos nefitas e adjascentes viviam. O contexto, em conformidade com as revelações dadas pelo já citado Samuel, mostra o seguinte: a) \"levantou-se uma grande tormenta como nunca antes havia sido vista em toda a terra\". (v.5). É difícil transfigurar para a realidade atual o significado da palavra \"tormenta\". Esse termo parece mais genérico, mas é melhor delineado pelos demais acontecimentos: b) \"E houve também uma grande e terrível tempestade; e houve terríveis trovões que sacudiram toda a terra como se ela fosse rachar-se ao meio\" (v.6), indicando que, além da tormenta, havia uma TEMPESTADE (que nos remete a chuvas torrenciais, vendavais, bem como os relâmpagos relatados no v. 7, etc); Indica que no meio dessa tempestade, havia TROVÕES, mas me parece que não eram trovões provindos dos céus em decorrência da tempestade, mas BARULHOS FORTES PROVINDOS DA TERRA, tendo em vista que ele complementa: \"que sacudiram a terra como se ela fosse rachar-se ao meio\", o que sugere, para uma transliteração atual, eventual TERREMOTO; c) \"E muitas cidades grandes e importantes foram tragadas e muitas se INCENDIARAM e muitas foram SACUDIDAS até que seus edifícios ruíram; e seus habitantes foram mortos e os lugares ficaram devastados. E houve alguns que foram levados pelo FURACÃO e, onde foram parar, ninguém sabe; sabe-se apenas que foram levados.\" (vs. 13, 14 e 16), o que mostra que além de tudo houve a presença de FURACÕES. d) Registro de 3 cidades com modificações diferentes: 1) a primeira foi a de ZARAENLA, cuja fora incendiada; 2) a segunda foi a cidade de Morôni, que fora submergida pelas águas (indicando um maremoto, tsunami, ou algo do tipo); e 3) a cidade de Moronia, a qual fora atingida ela maior parte dos terremotos, sendo subjugada pela \"terra\" \"de modo que em lugar da cidade apareceu uma grande montanha\" (v.10) (ver vs. 7-10). Além dessas, de maneira mais genérica, o relato avista uma grande destruição no que Néfi chamou de \"as terras do Sul\", bem como uma destruição ainda maior \"nas terras do Norte\", o que indica que as terras onde o Salvador viera - entre as cidades onde Néfi vivia, isto é, Zaraenla, de Morôni e de Moronia - estavam localizadas EXATAMENTE ENTRE AS TERRAS DO NORTE E AS TERRAS DO SUL (e aí é importante observar o senso de direção dos descendentes de Néfi, tendo em vista que ele certamente se utilizara do mesmo senso que Leí e Néfi, pioneiros deste continente, haviam trazido das terras orientais em que dantes viveram).; e) \"E aconteceu que quando cessaram os trovões e os relâmpagos e a tormenta e a tempestade e os tremores de terra — pois eis que duraram cerca de três horas (...) houve TREVAS ESPESSAS sobre toda a face da terra, de modo que todos os habitantes que não haviam caído podiam sentir o vVAPOS DA ESCURIDÃO. E por causa da escuridão não podia haver luz nem velas nem tochas; nem conseguiram fazer fogo com sua lenha fina e extremamente seca, de modo que luz nenhuma foi possível haver. E não se via luz alguma nem fogo nem lampejo nem o sol nem a lua nem as estrelas, tal a DENSIDADE DOS VAPORES DE ESCURIDÃO que estavam sobre a face da terra. E aconteceu que essas trevas duraram pelo espaço de TRÊS DIAS, nos quais não foi vista luz alguma\". (v.19-23). A passagem é correlata com a profecia de Samuel, o Lamanita, supracitada. Com base nessa passagem é possível fazer as seguintes inferências: 1) Logo após as tormentas, trovões, tempestades, terremostos, furacões E QUEIMADAS, houve uma estagnação dos fenômenos naturais (após três horas de calamidades intensas); 2) Foi somente este momento em que houve a escuridão. 3) Essa escuridão não se tratava de fenômeno astronômico, tendo em vista que não era possível ver nem o sol; nem a lua; e nem as demais estrelas. Isso levando-se em consideração que esta Terra é redonda e caso isso houvesse acontecido tais fatos astronômicos neste hemisfério provavelmente o outro hemisfério também sofreria ou pelo menos vislumbraria a falta de um dos três astros citados - e não foi o caso, pois não há nenhum registro. Fica claro que a escuridão tão somente escondeu os astros; 4) Essa escuridão se dava mediante a um vapor, pois, tal qual Néfi relata, os habitantes sentiam o \"vapor da escuridão\", de uma \"densa escuridão\". Todas essas conjecturas inegávelmente no remetem à seguinte ideia: 1) as cidades de Zarenla, de Morôni e de Moronia ficavam no centro da civilização Nefita 2) As calamidades ocorridas inconfundivelmente se deram em face da ATIVIDADE ERUPTIVA DE DETERMINADO VULCÃO, pois todas as características relatadas por Néfi condizem com as características de um VULCÃO EM ERUPÇÃO e logo após essa intensa atividade Com essas informações, fica notavelmente mais fácil ter um norte em se pesquisar a localidade em que se viviam os nefitas e as demais civilizações da época. E como fazê-lo? Importante é pesquisar 1) As localidades onde tiveram as respectivas mudanças naturais no período indicado pelo Livro de Mórmon no capítulo 8 de 3 Néfi; 2) Analisar possível atividade eruptiva em todas as américas, no período proposto no referido capítulo do LDM; 3) Analisar o senso de direcionamento desses povos e , partindo do pressuposto que eles eram descendentes diretos de Leí e, portanto, dos povos orientais que conviviam na região em que os judeus viviam 600 a. C. Desconheço algum trabalho que se vigore nestes termos. Se houver, indique-me, pois pretendo estudar mais acerca do fato. Ou se tiveres alguma dúvida, entres em contato comigo. Adoraria fazer parte dessas pesquisas.
Luiz Botelho
Olá Giulian,
Obrigado por seu comentário e considerações. Os estudos antropólógicos e geográficos do Livro de Mórmon são de fato fascinantes e ainda campos pouco explorados. Estudo Antropologia e conheço pessoalmente alguns dos grandes Antropólogos e Arqueólogos SUD da atualidade e há muito material referente a este assunto. Minha sugestão é que procure o "Mormon Codex" do John Sorenson, artigos e livros do Brant Gardner. Uma infinidade de materiais também pode ser encontrado na FairMormon, no site e em conferências anuais.
As evidências realmente indicam que as mudanças geográficas descritas no LDM foram causadas por uma erupção vulcânica, como indicado no documentário "O Novo Mundo" do Instituto Maxwell e citado no final de seu comentário. Fique a vontade para compartilhar seus estudos e perspectivas no site ou entrando em contato por email.
Abraço!
Fernando Dantas em 13/09/2015
Luiz, gostei muito da postagem. Parabéns pelo Blog. Um fato interessante que observo e já li em outros artigos é a influência da cultura Jaredita sobre a cultura Nefita, se observarmos Eter 2 e 3 e os nomes das genealogias veremos que a sociedade nefita após OMNI passa a utilizar nomes jareditas (Moroni, Corior, Coriamtumr, etc). Então isso nos leva a imaginar que o encontro das civilizações ocorre quanto Mosias, pai do Rei Benjamim, encontra Zaraemla e os Mulequitas que perderam sua identidade cultural. Outra coisa interessante é que o povo original de Zaraemla tinha algum aspecto físico \"grande estatura\" que frequentemente é mencionado, o Amom que liberta o povo do Rei Limhi era \"descendente de Zaraemla\". Ao ler o relato do livro de Eter vemos que no decorrer das perseguições ocorridas entre os dois grupos rivais muitas pessoas fugiam dessa guerra. O fato de Coriamtums Jaredita tr encontrado um povo e deixado alguns registros e informações mostra que o fim da civilização Jaredita ocorreu de maneira quase simultânea à chegada de Nefi e Muleque, talvez tenham tido alguma sobreposição. Os emissários do rei Limhi enviados a procurar Zaraemla encontram um cenário pós guerra e as 24 placas de ouro, ossos ao ar livre ainda mais num ambiente equatorial / tropicalo, não duraria muitoa anos sem ser absorvido pela terra, até mesmo por animais da região. Sem falar de espadas cujo metal estaria completamente destruído. Isso nos leva a imaginar que a batalha tivesse ocorrido há muito poucos anos antes de serem encontrados e que talvez até o próprio Eter estivesse vivo (bem velho) para deixar as placas em um local onde pudessem ser encontradas. Mas estes assuntos, como bem colocado em seu artigo, ajudam-nos a ter uma ideia, mas nosso testemunho vem do Espírito.
Luiz Botelho
Olá Fernando,
Obrigado pelo comentário e considerações. Sem dúvida é possível absorver muito mais da história do LDM quando se mergulha no contexto histórico de maneira detalhada, procurando entender o cenário pelos olhos daqueles que participaram e protagonizaram a história.
Grande abraço!
José Messias Valerio em 25/06/2015
Gostei mt mt da análise ! Parabéns ! Para contribuir um pouco, após a vinda de Cristo, quase toda a paisagem havia mudado tbm e, com ctz, algumas coisas foram perdidas. Mas a essência continua... Vou continuar acompanhando vcs !
Patrick De Azevedo em 30/05/2015
Excelente Site. não só me ajudou a compreender a parte arqueológica do Livro de Mórmon. Mas de certa forma me ajuda a fortalecer o meu testemunho. Que sempre prossiga a alcançar novas verdade. Parabéns!!!
Marco Aurélio em 16/05/2015
Olá, gostaria que pudesse dar uma parecer a esta informação, é verdadeira, se sim como a igreja tem tratado? http://worldnewsdailyreport.com/archaeologists-discover-golden-plates-believed-to-be-linked-to-joseph-smith-jr/
Luiz Botelho
Olá Marco,
Obrigado pelo contato. Sobre o link: http://worldnewsdailyreport.com/archaeologists-discover-golden-plates-believed-to-be-linked-to-joseph-smith-jr/
A "notícia" é fake.
* As placas da imagem não tem nada a ver com O Livro de Mórmon, mas são o "Jordan Lead Codices", placas que supostamente foram descobertas em 2011, mas que a maioria dos estudiosos alegaram ser uma fraude.
* Não existe fonte alguma nas informações
* Não existe datas das pesquisas
* Professor Abraham Jones aparentemente não existe e os nomes parecem até ser uma sátira... Algo do tipo Abraão + Jones (Indiana Jones, que na história do filme é um professor de Arqueologia)
* A data de publicação do artigo é 3 de Abril de 2015 e trata a "notícia" como se fosse algo novo e recente. Entretanto, quem conhece NY sabe que Março e Abril são meses de temperatura muito baixa em NY. Nos dias anteriores a data de publicação da "notícia", a temperatura média era de 7 graus celsius, o que em NY geraria uma sensação térmica ainda mais fria. Sem chance de que em uma temperatura dessa, o "arqueólogo" da foto estivesse vestindo aquelas roupas e não estivesse usando luvas.
* Basta olhar a página inicial do site para ver que absolutamente todas as publicações são de teor sensacionalista, exagerado e conspiracionista.
Resumindo. A notícia é falsa. E infelizmente, pelos comentários do artigo e número de curtidas, muitos membros acreditaram.
Abraço,
Carlos Cruz em 22/02/2015
Simplesmente excelente.
Mayra em 21/02/2015
gostei muito da reportagem e gostaria de adicionar algumas coisas,como por exemplo alguns não levam em consideração a mudança geográfica, portanto, primeiro teria de ser feito um estudo de como estava o continente naquela época e depois compara o livro de mórmon a esta geografia, outra coisa, evidencias arqueológicas são mais facilmente preservadas dependendo do clima da região, como por exemplo regiões secas as evidencias não apodrecem como numa floresta tropical, lógico que no oriente médio temos maior abundancia de sítios o clima desértico preservou muito coisa, inclusive papiros e outros materiais escritos; outra coisa que poucos se atinaram é que a escrita dos povos americanos é pictográfica, ou seja, por desenhos, vamos pensar que talvez Leí e Nefi tenham introduzido uma forma de escrita na America, lembrando que usavam escrita egípcia ( por desenho) e aos poucos foi modificando-se, mas continuou em forma de desenhos, mais ainda, no momento da tradução do livro de mórmon Joseph Smith não tinha conhecimento da cultura dos povos mesoamericanos, até então pouquíssimos estudados, sobre o costume de sacrifícios, de roupas, etc, algumas citações são feitas que coincidem com os hábitos hoje conhecidos destes povos. Sou professora de história e nenhum momento do livro vi incoerencia quanto a história mesoamericana, ao contrario vi respostas e reafirmação de sua veracidade.
Milton Batista de Sousa em 16/02/2015
Olá Luiz Botelho, Excelente seus estudos a respeito das evidências geográficas a respeito do Livro de Mórmon...Foi muito claro e oportuno...Obrigado pelos esclarecimentos!!!! Milton
Leticia Ferreira em 05/02/2015
Ola, adoro suas matérias, pois é difícil encontrar estudos assim em relação a nossa religião, onde explica mais a origem dos povos do Livro de Mórmon e as descobertas. E você esta de parabéns pela iniciativa de começar com essas pesquisas, sei que não é fácil, deve dar trabalho mas é muito gratificante. Te desejo muita sabedoria e fé para que possa prosseguir com as pesquisas.
Luiz Botelho
Olá Letícia,
Obrigado pelo feedback. Realmente nosso idioma carece de informações bem documentadas sobre história e doutrinas da Igreja.
De fato, cada artigo leva muitos dias de pesquisa e edição, mas se todo o tempo despendido puder edificar uma única pessoa, então tudo terá valido a pena.
O trabalho está apenas começando. Haverá novidades interessantes em breve.
Continue acompanhando.
izaias em 26/01/2015
belo texto
Uma análise historiográfica do embate teológico entre o Setenta B. H. Roberts e Apóstolo Joseph Fielding Smith acerca da vida e morte antes da queda, teoria da evolução e raça humana pré-Adâmicas
Uma abordagem teológica e científica à doutrina e teoria científica de que a Terra vive.
Onde consideramos a imensidão do cosmos e seu propósito divino, bem como o lugar e papel do homem como parte desse cosmos em constante expansão.
Uma análise desse tema no mínimo curioso, à luz da história e do contexto das declarações.
O conhecimento do evangelho de Jesus Cristo, bem como os fatos revelados pela ciência moderna, permitem chegar a conclusão correta sobre a validade da astrologia nos dias atuais.
Os ensinamentos do profeta Joseph Smith em abril de 1844 (e que ficariam conhecidos como o sermão de “King Follett”) podem conter em suas entrelinhas, uma verdade desconcertante: nossa existência é somente uma de uma infinidade de outras ocorrendo paralelamente.
Comparando a astronomia moderna com a história bíblica, somos capazes de obter uma nova e incrível explicação a respeito desse relato.
Onde analisamos o tema baseados no conhecimento científico desenvolvido nos últimos duzentos anos.
Uma análise de como o princípio da entropia permeia todos os aspectos do universo físico e espiritual.
Entendendo a matemática utilizada por Deus na construção do universo e realidade.
O Evangelho de Jesus Cristo no Nível Subatômico.
Uma abordagem de como tais ferramentas são compatíveis e incompatíveis quando analisadas indevidamente.
Analisamos nesse artigo a estrutura de quatro argumentos que indicam que sim, Deus existe.
O que as escrituras, profetas e ciência tem a dizer sobre a possibilidade de vida fora da terra?
O debate a cerca da existência de um Deus tem por muitos séculos estado no centro das reflexões filosóficas e moldado consequentemente o próprio desenvolvimento da humanidade em todos os aspectos.
Dentre as inúmeras características humanas que nos distinguem das demais formas de vida existente em nosso planeta se destaca a capacidade do homem de questionar a própria origem, propósito e existência.
O Livro de Mórmon é a tradução de um registro antigo que conta a história de como um grupo de Judeus saíram de Jerusalém, navegaram, cresceram e se desenvolveram no continente Americano. O registro cobre aspectos sociais, econômicos, políticos, bélicos e religiosos de civilizações específicas que viveram na América por um período aproximado de mil anos.
Entre os assuntos recentes mais comentados e utilizados por críticos do Livro de Mórmon, estão as pesquisas com DNA e uma contínua tentativa de através disto, desprová-lo como escritura inspirada.
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